Lucas Cichowicz
Pessoas entram em saem das nossas vidas a todo momento, por ser um fluxo intenso, acabamos não filtrando esses contatos, muitas vezes damos preferência a pessoas de má fé, e deixamos ir embora uma pessoa de bom coração.
Nossa mente infelizmente não tem o poder de detectar e diferenciar pessoas em um primeiro encontro, às vezes até ficamos desconfiados e falamos “acho que nosso santo não bateu”, mas isso é relativo de pessoa a pessoa. Muitas vezes ao invés de conhecer a pessoa, nos encantamos pela sua “atuação”, sim, atuação, pessoas amam demonstram o que não são, para se beneficiar e se aproveitar do próximo, triste, mas é uma realidade constante.
Felizmente ninguém é perfeito. Porque felizmente? Pois as pessoas só nos dão valor pelos nossos erros. Como assim? Simples, quando assumimos que erramos e buscamos corrigir e não cometer mais esse erro, demonstramos uma palavra quase instinta “Humildade”, e em muitos casos quando erramos, surgem em nossas vidas, pessoas que vem para nos ajudar, e a essas pessoas demonstramos outro sentimento, também muito pouco praticado, chamado “Gratidão”.
Não podemos julgar ninguém pela aparência, muito menos pelo jeito, estilo, pois infelizmente ninguém sabe quem realmente vai estar ao seu lado no momento em que precisar.
Ninguém surge na vida de alguém por acaso, na vida tudo tem um propósito!
Nada que é fácil demais é digno de você!
Muitas vezes reclamamos que a vida é sofrida, que as coisas são complicadas, que tudo da errado, pois bem, a vida não é fácil, isso você está certo!
Já parou para pensar se a vida fosse um mar de rosas, tudo perfeito, lindo e maravilhoso, do que isso tudo adiantaria? Não saberíamos dar valor a nada, se tornaríamos pessoas sem alma, onde nada teria importância, pois tudo seria fácil, não é?
Nossa sociedade está voltada a ganância, ao poder, esquecemos de dar valor ao que realmente importa, a vida!
Infelizmente poucas pessoas dão valor a simples gestos, gestos que muitas vezes são criticados é menosprezados, imagina porque ajudar um velhinho a atravessar a rua, porque escrever um simples bilhete dizendo o quanto ama e é grato por ter a pessoa ao seu lado, se eu posso dar um presente caro e da moda!
Saiba que as pessoas só lhe dão valor até o momento que não precisam mais de você, após isso, você é uma “simples pessoa”!
A única pessoa que será capaz de lhe dar o seu devido valor, é você mesmo, ninguém mais!
De valor a si, quando conseguir isso, vai saber diferenciar as pessoas, e só estarão ao seu redor quem for digno e merecedor do seu precioso tempo!
A REALIDADE
Há Umbanda completou a pouco, 110 anos de fundação, o que podemos notar é que muito mudou desde sua origem. Nos dias atuais, convivemos com diversas formas de cultuar a Umbanda, onde em muitos casos é deixada de lado a lei sagrada da caridade e cultuada a lei do poder e da ganância.
Hoje em dia, a grande maioria dos médiuns que entram na Umbanda, não é para cultuar o sagrado e ajudar ao próximo, mas sim, pagam fortunas para conseguir o posto Sacerdotal e abrir seu próprio terreiro, com intenções lucrativas e gananciosas, aproveitando-se da boa fé das pessoas.
Infelizmente essa é a nossa realidade atual, notamos que no decorrer do tempo, milhares de terreiros foram fundados, muitas vezes por pessoas incapacitadas e sem conhecimentos suficientes para exercerem o cargo. Lembramos que o cargo de sacerdote, não é os médiuns quem escolhem, mas sim os guias espirituais que indicam o seu destino se vai ou não seguir o caminho de líder.
A nossa triste realidade é que o encantamento criado nas giras de umbanda, ou melhor, o teatro que as pessoas criaram com os encontros sagrados, fez com que crescesse imensamente o número de médiuns nos terreiros, isso acabou deixando de lado a lei sagrada da Humildade e Caridade e tornou-se um encontro festivo e com fins lucrativos. Realidade essa, que das centenas de milhares de médiuns da atualidade, não são capazes de responder qual o principal fundamento da umbanda.
Sobre o encantamento e/ou teatro, citado no paragrafo anterior, é referido aos terreiros onde a dança é mais importante que o passe, onde as vestimentas “ousadas”, “luxuosas” são mais importantes que a simplicidade de uma roupa branca, onde o fumar e beber das entidades são mais importantes que dar atenção a um filho necessitado, esses são alguns exemplos, de inúmeros que podem ser citados.
“A Umbanda é uma religião grandiosa, de muito amor, gratidão e humildade, ela preza a cima de tudo a caridade.”
Sim, nos dias atuais ainda a filhos que presam e seguem a risca, pela velha Umbanda, ou melhor, pela verdadeira e única Umbanda, aquela que é passada de geração a geração, seus fundamentos, ensinamentos, lendas entre outros. A religião que luta desde sua existência contra a intolerância, o racismo, o preconceito, a ganância e muitos outros pesares da existência.
Embora esses verdadeiros filhos de fé, vão às giras para agradecer, ajudar a quem precisa e cumprir com sua missão, ainda há filhos que vão apenas para criticar, se impor como melhor que o outro, fazer intrigas internas e até mesmo ofender ao irmão e/ou irmã de fé. “Se alimentam da tristeza alheia”.
Outro fato muito importante, que acontece com grande frequência, são filhos que vão contra vontade, sim, aqueles que para ir a uma festa, a um evento, ou algo do tipo, estão sempre preparados, mas para ir a uma gira, dia de estudos, dia de tarefas, nunca podem sempre a algo mais importante para fazer, e ainda quando vão, é contra sua vontade, chegam de cara fechadas e ainda se acha no direito de reclamar ou criticar.
Esse mesmo filho é aquele que quando uma pessoa entra no assunto da religião, seja na rua, no seu trabalho, escola, etc., enche a boca para falar, “eu sou Umbandista”, trabalho com “tal, tal, tal, entidade”, nessa hora ele responde a tudo, ele sabe tudo, sente-se empoderado, muitas vezes até impõe que está sentido a vibração de uma entidade, assusta e fala em resolver os problemas desta pessoa e até mesmo receita banhos, oferendas entre outros.
A realidade é dura, ela tortura, mas lembre-se “Muitas vezes é melhor demorar a dar um passo e ter certeza que o chão é firme, do que correr e cair nas profundezas de um precipício sem volta.”
A você que ainda não conhece a Umbanda, ou que já frequenta a Umbanda, esse texto é baseado a realidade atual, sobre todas as mudanças e criticas que vieram à tona no decorrer desses 110 anos.
Opinião do autor: Eu fico triste em pesquisar sobre a história da Umbanda, ler sobre todas as dificuldades que enfrentaram ao iniciar, as provas que os guias de luz deram aos críticos e duvidosos, sobre o ensinamento básico da Humildade e Caridade que se tornou um lema da religião. É revoltante saber o triste rumo que foi tomado, conhecimento e dever foi deixado de lado, e o dinheiro, o ouro, a ganância subiu ao topo da cabeça. A todos que presam pelo principio da Umbanda, deixo minha admiração.
Saravá!