Lucarte

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⁠Mulher feita do barro,
da argila poética,
maleável como o mar,
sua voz brincava com a verdade,
enquanto só poetas
podiam fazer isso.

Inserida por Lucarte

⁠Dia frio,
um cigarro de bom gosto,
com cinzas
tão bonitas
que invejavam
as do morto.
Tragou a morte,
por sempre tossir
com a vida.
Foi jogado
ao mar,
onde há
poesia.

Inserida por Lucarte

⁠A vida imita a Arte e a Arte imita o que ela quiser.

Inserida por Lucarte

⁠Me beija,
me molha,
me deslumbra
e devora,
nessa perdição
de rimas
que eu mesmo criei,
em tuas curvas rainha,
quero ser teu rei.

Inserida por Lucarte

⁠Somos
poesias esquecíveis,
perdidas nas variadas
formas de amor,
sucateando o cotidiano,
enquanto inspirações
são malvendidas.

Inserida por Lucarte

⁠Demonstro
o lixo que sou,
amando de novo,
reciclando sentimentos,
murchando no lodo,
vivenciando clichês
que dão boas-vindas,
mas que logo
se tornam o porquê
da despedida.

Inserida por Lucarte

Chegará o dia no qual escreverei à noite e morrerei de manhã. Minha poesia amanhecerá póstuma, mas o meu amor por ti será eterno. ⁠

Inserida por Lucarte

⁠Sou apenas
mais um
almejo de alma,
gemendo por vida,
sempre ignorando
o fato dela ser
limitada ao
descanso eterno
e as noites de domingo

Inserida por Lucarte

⁠Rios de dopamina,
quando sinto
a tua foz,
caindo sobre mim,
como gotas de chuva
e lágrimas
caiam no mesmo
vazio

Inserida por Lucarte

Lua cheia é seu olhar dilatado e o eclipse são seus olhos dando espaço para os meus se apaixonarem.⁠

Inserida por Lucarte

⁠Não conheces os prazeres de uma taça de vinho, talvez por isso julgas minha vaidade, pois nunca se embebedou com a sua.

Inserida por Lucarte

⁠Sou muito pôr do sol para pouco fim de tarde.

Inserida por Lucarte

⁠Caio no fundo do poço,
mas não perco a fé no abismo.
Sinto-me como a moeda
perdida do bolso,
prestes a comprar
histórias de vida.

Inserida por Lucarte

⁠Ela lembra as margaridas
que exalam liberdade;
era a mulher essencial
para toda excentricidade.

Inserida por Lucarte

⁠Pois sendo um escritor sincero,
sujo, mas singelo,
lhe escrevo este bilhete
com as unhas grandes
como o ego.

Inserida por Lucarte

⁠A juventude está indo embora,
sem que tenhamos
nos embriagado de vinho.
Peço que o tempo seja misericordioso,
enquanto abro mais uma garrafa,
com um teor de vida velha,
à margem de um amor
rejuvenescido.

Inserida por Lucarte

⁠Somos constantes movimentos,
inspirados por sonhos
que já estão acostumados
a ser guardados,
mas jamais esquecidos.

Inserida por Lucarte

⁠Meu erro é querer tudo a flor da pele
em pessoas que são apenas pele
e nada flor.

Inserida por Lucarte

⁠Acordei tão poesia,
por que dormi pensando em ti.
Hoje te vejo de dia,
mas também nos sonhos
antes de dormir.

Inserida por Lucarte

⁠Fumo a fumaça dos carros
e vago pelo teto dos prédios.
Ao meio-fio do prazer,
enquanto as ruas
caminhavam sobre mim,
transito, transando com a poesia.

Inserida por Lucarte

⁠⁠Todos os segredos
serão encontrados
a sete mares,
mas teu corpo
é a única onda
que decifrará
qualquer tempestade.

Inserida por Lucarte

⁠A fé move
montanhas; e o
amor, poesias.

Inserida por Lucarte

⁠Ela é um aroma de banho
e uma poesia de segunda,
que se faz de primeira
quando lida no domingo.

Inserida por Lucarte

⁠Acredito que este breu que sentimos não seja escuridão completa, ou repleto vazio, ainda há aquele feixe de luz que atravessa a aresta da janela e o sorriso de canto que em qualquer canto, ainda é sorriso.

Inserida por Lucarte

⁠Ela era a única flor moldada a carne e ossos, poros e sentimentos ao néctar de poesia que rima por dentro.

Inserida por Lucarte