Luar de Souza
Você está me matando gata
Mas você não parece ter noção
Da minha atual situação
Viver contigo e uma tortura
A idéia de não te ter me machuca
E saber que outro alguém te deixa feliz
E que tudo o que temos está por um triz
Não sou de mandar indireta
Mas acho que está meio na cara
Não queria agir tão descarada
Mas eu não controlo minha máscara
Não gosto dos meus sentimentos
Eles me corroem por dentro
Não ter te conhecido ajudaria
Pelo menos pra mim
Um pouco de paz traria
Eu entro na sua dança
Completamente inocente
Vamos brincar de ciranda
Destruída e decadente
É assim que acontece
Você não sabe de nada
É usada e abandonada
Sem saber nem o porque
Você tenta fazer o seu melhor
Ajudando pessoas problemáticas
Que apenas te usam
Bancando os diplomatas
Escondendo o que tem de pior
Isso na verdade é uma guerra
Paz é algo que não existe na terra
Os bons são apenas objetos
Que tropeçam nas pedras
Do caminho correto
Amor! É uma coisa complicada
É uma coisa que não dá pra ser adiada
É algo que a gente sente
Por alguém que nos complemente
Nós devemos ter cuidado
Pois é uma mistura de tudo junto
Se é bom ou ruim
É algo que eu me pergunto
É incrível a sua capacidade
Que nos levam a pocessividade
E nos deixa incapacitada
Ao lado da pessoa amada
É algo que com palavras não se explica
É sim com gestos se expressa
É algo demorado e de longo prazo
Por isso não é preciso pressa
Poesia é loucura
É algo que a gente procura
Na esperança de achar
Algo para se expressar
Poemas não são meras palavras
São histórias contadas
E sentimentos escondidos
Tem espaço também
Para os de coração partido
Pinturas sobre tela
É a arte singela
De alguém que representa
Paisagens, pessoas ou animais
Mostrando sua presença
Os artistas em si são loucos
Os que apresentam-se normais
São muito poucos
Mas isso não tem importância
Pois quem ama de verdade
Não tem nenhuma ganância
A minha máscara
Está se quebrando
Pedaço a pedaço,
Pouco a pouco
Despedaçando
Devem ser minhas lágrimas ácidas
Elas destroem bem devagar
E eu sou uma bebê chorona
E me ponho novamente a chorar
As marcas que descascam
E eu tento esconder
Mais não é fácil
Pois os olhos grandes
Fazem tudo aparecer
A morte é uma incerteza
Que por mera gentileza
Me dá a única certeza
De que tudo vai ser melhor um dia
"Tem alguém ao meu lado? Ou estou realmente sozinha?" Todos os dias eu me pergunto isso.
Ok, digamos que eu não estou feliz, mas também não estou triste. E é até legal viver assim, pois eu não sou obrigada a suportar coisas como: homofóbia, preconceito, racismo, notas, auto-multilação e a solidão. Esas são algumas coisas que machucam nosso coraçãozinho sensível.
Nem céu, nem inferno, sou só um zumbi ambulante que está no meio dos dois.
Bom, essa é a verdade
Sim, eu não falo a verdade
Mas isso não importa
Pois está fechada aquela porta
Minhas lâminas sumiram
E fui obrigada a parar
Pois digamos, que não é normal
Uma pessoa se auto-multilar
Aquele sangue fazia eu me senti viva
Eu sabia que estava morrendo
Corte após corte, pois essa é a questão
Eu queria realmente a MORTE
Ser assim é difícil de explicar
Pois a gente só quer qualquer pessoa
Que posso nos ouvir
E ser um ombro pra chorar
Agora chegamos ao fim
E o fim é apenas o início
Para algum outro vício