Luana Ferraz
Ontem descobri diante de tudo aquilo que era pra ser segredo, o quanto ainda te quero. Quero da maneira inteira, em virtudes e defeitos que te compõe em prosa. Prosa poética, daquelas que deixam o coração em qualquer parte do corpo, porém, visível. Quem chega, percebe o brilho que o olho tem, o sorriso largo, as risadas sem sentido.
Hoje ao acordar, lembrei que os pensamentos que me enfeitaram durante a noite não passaram de saudade. A carência de companhia, do teu jeito sereno e vaidoso de ser. E, de repente, acabou. Acabou com os meus sentidos que já não querem mais entender porque o meu pensamento insiste em te querer dessa forma, sem forma, mas pra mim, feito pra mim. Era você quem eu queria, sim, foi assim que permaneci durante todo esse ano, te querendo sem achar que o tempo era demais para a tua demora.
Mas, amanhã, nesse futuro que não sabemos para onde vai, e nem se chegará, desejo te encontrar algum dia, e te entregar se ainda for possível, todas as minhas palavras que ficaram sem saber para onde ir com a tua ausência. Foi saudade, e eu digo só para ela, nada mais.
Eu aprendi a crescer com a tristeza, e o melhor de tudo, é que ela me deixa com os dedos soltos e sobre uma vontade de não parar de escrever, como se todos os sentimentos saltitassem nas pontas pedindo clemência para as palavras.
Neste universo de passagens, onde uma das esperas mais intrigantes é o amor, me disponho todos os dias a encontrar alguém que me queira na verdade, do jeito que sou
Eu busquei abraçar esse mundo de pouca coragem, e é por isso que mesmo que eu não queira, me vejo apegada a este sentimento que me faz escapar das dificuldades para querer viver e continuar a escrever do que talvez seja o único deus que exista, o amor.
Estender a mão é um ato individual vinculado a vontade, quem não usa do bom sentido, do amor cogitado, não entende os efeitos da vida, mas se acomoda aos olhos do mundo. Limitar-se é não conseguir entender que o sol nasce no outro dia.
Voltar atrás é para poucos, o pretérito é quase imbatível nesses momentos, mas vale. Vale por um minuto que seja sentir-se tranquilo, sem aquela carga pesada, extremamente ruidosa que incomoda tudo por dentro, sobre perguntas apressadas, em (des)comunhão com o Eu.
Ser louco é despertar o intimo, é ser você nas brechas incontidas, nos seus pensamentos que incomodam, que regulam e que quando você a encontra soltam-se, vivem, por mais estúpida que sejam as sensações.
Aperfeiçoe a sua capacidade de atrair o que é bom, ame-se. Sinta-se a vontade com o mundo que você vive. Permita SER, e não apenas ESTAR.
Espaço, brecha, a gente costuma dar quando as coisas estão cheias, fartas de si. Distância se mantêm quando algo está nos fazendo mal, ao que causa ausência de paciência, de perseverança e sem mais vontade de continuar.
Se sei respeitar a tua fala, aprendo a me conter com o teu silêncio.
"Desde que eu descobri os efeitos colaterais da dúvida, eu opto por certezas, e isto têm me feito ser amante de mim mesma, intacta de pontos finais, ciente do que não comove mais."
Se você muito se esforçar para dizer, o artificial usará do artifício emblemático do não dizer, prefira as “aspas”.
Cada coração tem sua maneira de condecorar o outro, o que importa é colocá-lo pra funcionar sempre, pronomes de tratamento tornam-se alegorias ao sentimento.
Na minha complacência encontro o equilíbrio exato para respirar o estaco que existe entre ser e estar.
Há tempos de sorrisos fartos, de tristezas que apertam, grudam, selam a alma e parece não desistir. Porque a alegria de viver, de sentir-se pleno, realizado, completo, em paz, é esquecido quando a tempestade chega e parece não acabar.
O AMOR, esse que nos envolve por dentro e por fora é mesmo o maior DEUS que existe, por isto, estará sempre presente em mim. Oração diária!
Quando compreendemos a brevidade da vida, nós passamos a enxergá-la da maneira mais vital, sem querer ser rude com as esperas, com simplicidade e esperança de estarmos seguindo o caminho certo, mesmo que errado nos pareça.
É preciso coragem para abdicar e ser feliz, afinal, nesse vasto mundo há de existir uma parceria de compatibilidade, que nos cause muito mais amor e aceitação do que dor e desengano.
No amor, creio eu, que o maior mistério da atualidade é essa flexibilidade de gostos, de aceitar o outro da forma que ele é, sem se sujeitar apenas ao incomodo de ter alguém em certos momentos tão diferente de você, mesmo que em outros tantos, ela pareça ser a alma gêmea.
Aqui, outra vez, eu te irrigo de afeição para fazer crescer esse amor que tanto nos faz bem, que no seu pouco e tanto nos leva a querer conhecer cada mistério que a vida nos apresentar diariamente em nosso antigo, mas tão novo caso de amor.
O carinho está fraturado, o respeito com sérias lesões, as lembranças (boas) com escoriações e a consideração com diversos hematomas. Foi à conclusão que cheguei quando àquela confissão, que poderia não ter feito nenhum estrago, me senti angustiada e temida, por incrível que pareça por mim mesma.
Tudo que gira em torno do excesso, da autoafirmação publicada, principalmente nesse meio antropologico denominado de cibercultura, nos demonstra a insegurança das relações que se fazem e desfazem num sentido temporário de conveniências
Nada mais justo do que nos darmos a oportunidade de esvaziarmos espaços e nos colocarmos mais dispostos àqueles que verdadeiramente podem e devem fazer parte da nossa História, por pertencimento e pela certeza de que são pessoas que nos acrescem, nos causam uma medida excessiva de ocupação sem sentido.
Quando entendemos o nosso valor, percebemos o quanto o tempo é perene e a vida delicada demais para deixarmos escapar meio minuto desse agora que nos acontece.