Luana Ducerchi
Doce Solidão;
'Fechei os olhos e
uma lágrima escorreu
pelo meu rosto;
uma das milhares de
amargas e inúteis lágrimas
que venho derramando
pelos ultimo tempos.
Eu ainda não consegui
entender o que afinal,
me mantém viva até agora;
quando uma parte de mim
está em pedaços,
e o que resta docemente adormecido.
Eu não sei o pode ser
mais doloroso,
se são lágrimas que descem
feito espinhos ou
se é o motivo pelo qual
choro,que aparentemente desconheço;mas
que nem por isso seja
menos desesperador.
Eu me acostumei com
a única coisa que tem
me feito companhia,
Uma doce companhia;
A solidão tem sido
profundamente fiel à mim,
talvez seja ,ela,a única coisa
que um dia foi fiel à mim.
Me apaixonei pela minha tristeza,
ela me abraça quando choro e
me acompanha na agonia.
Ela me faz notar cada suspiro
que brota dolorido dentro de mim
e sai suavemente entre meus lábios
pálidos.
Meu olhar tem sido triste e solitário
revelando tudo o que não tenho
dentro de mim;
Por muitas e muitas noites,
eu tenho estado aqui,
sozinha,sem sono e sonhos.
Somente eu e minha doce solidão."
Boa noite
Em meio de tamanha alegria e satisfação,
a tristeza volta e diz:" Boa Noite" e com
ela,volta a doce inspiração.
Como o fantasma de uma alma perdida,
certas dores e aflições do passado
voltam a assombrar;
Eu não me sinto mais como antes,
eu não sei mais como era antes,
nem ao menos sei se o antes existiu mesmo;
ou se foi apenas um auto-conforto que criei.
O vazio que havia desaparecido,
se faz presente e hoje,mas forte do que nunca.
A lua minguante parece não sarar sua tristeza,
e com ela eu choro contemplando meu amado Céu noturno.
Oh,tristeza!para que voltaste?
Para que insistes em me fazer enamorada por ti?
pois só quando estou triste e agoniada,
saem belas e sombrias palavras de minha boca
e logo se derramam sobre sangue no papel.
As lágrimas caem novamente doce e suavemente sob meu rosto.
Quando secam só me resta o sabor amargo da desilusão e da agonia.
Oh,tristeza que és tu que dás sentido ao meu ser,
entre,sente-se e eu te digo: "Boa Noite minha velha e eterna amiga"