Lorena Souza
Meu maior medo é a solidão. Mesmo sabendo que está errado, mesmo sabendo que não pode dar certo, continuo.
Por que sempre vai está faltando alguém, sempre vou esperar por quem não vem, sempre vou chorar no final.
É necessário que os olhos e mente estejam sempre abertos para poder distinguir felicidade de ilusão, e que assim venham a perceber que as coisas boas estão ao nosso redor. Todos querem conhecer esse lugar onde a regra principal não é pra sentimentos terem motivos e muito menos os desejos terem razões. O essencial é aproveitar os momentos, agarrar as oportunidades com unhas e dentes, mesmo que as probabilidades não sejam lá das melhores, mas o que vale é ariscar e depois se riscar de satisfação.
E nunca esqueça de nunca se privar da sua felicidade (mesmo que seja momentos felizes), mas nunca esqueça que é o seu, SEU momento.
Quando as coisas parecem que vão ser diferentes o destino da um tapa em minha cara e pergunta se vou oferecer o outro lado; a fixa cai e percebo que é sempre o mesmo roteiro, só muda o elenco.
Sabe aquela duvida mortal ?! Então.. estou vivendo isso agora, Deus, nunca me sentir tão deslocalizada como agora, é como se ninguém percebesse e mesmo percebendo não se importa nem quer saber o que você sente, o que você deseja, o que é o melhor pra você, no seu ponto de visa, “eles” querem que você viva a vida que eles planejaram, como se fosse um roteiro de filme americano, que a qualquer momento as cenas podem se inverter, e você simplesmente tem que encenar/vive-las. E isso é tão sufocante, mais tão sufocante que você simplesmente perde a vontade de viver, fica sem perspectiva de vida, sem contar que isso conseqüentemente te faz virar Refém deles, meio que sem querer. Talvez eles estejam fazendo isso pro meu próprio bem, talvez isso me sirva no futuro, mas por enquanto isso está me fazendo o mau absurdo. Eu quero viver o presente o máximo possível, quero sentir medo, correr riscos, sentir prazer, chorar de alegria, enfim… Não quero ter a leve impressão de está “sobrevivendo”, eu quero viver, eu quero ser feliz’ !
Já não vou mais pedir um só sorriso seu…
Ainda estou acordada em quanto todos dormem, o silêncio que insiste em me acompanhar é extremamente absurdo, é um silêncio perturbador, que invade meus ouvidos como uma Canção sem fim.
A nostalgia vem como prato principal, acalentado-me a alma com sua bebida mais comum, a solidão. As vezes sinto-me oca/vazia, como se todo os sentimentos tivessem escorrido por um ralo, como se o coração parasse de pulsar por alguns instantes, e todo o meu ser para de funcionar, e a vida ao meu redor passasse tão depressa que eu não percebesse tal aceleramento por querer ficar atônita ao seu sorriso, seu olhar. Mais será isso possível? Como um ser mortal pode ter um avalanche de sentimentos em poucos instantes… Essa explosão de sentimentos é como dá voltas ao mundo no sofá da sala, é uma coisa inexplicável, os sentimentos vão se misturando se interligando, como as cores do arco-íris num dia nublado de frio, sentimento esse que não sei distinguir.
Eu não ligo pro que os outros dizem, eles fazem parte da roda da Hipocrisia, olha só o meu sorriso no rosto, curta Todo Dia.
Gosto da melodia e da certa solidão que o vento costuma nos trazer…
O vazio as vezes me parece tão assustador, mais hoje é ele que acalma, faz ficar em paz comigo mesma, afasta de me todos os pensamentos, mesmo que eles sejam os melhores e mais sensatos de uma pessoa “normal”. Estou tão leve que me sinto uma andorinha voando livremente sem ter pressa de chegar, mas ao mesmo tempo tão presa em um corpo que não aparenta ser meu’, em um corpo que está cansado, dolorido, cheio de cicatrizes e fraturas, fraturas essas que só podem ser vistas por seres capazes de enxergar além, bem além de um rostinho bonito e um olhar marcante.
Não sei de onde veio, pra onde foi… mas a unica certeza que tenho foi que me alegrou muito, mesmo que por alguns segundos.
Um dia vou deixar que me leve, vou deixar que tome conta da situação, do meu coração, que regue minha vida à sua; mas agora não… ~você se pergunta o por que, diz que tenho medo. Mas não é medo e sim amor próprio. E quer saber? Talvez esse dia nunca chegue.
Na verdade é disso, só disso que preciso~ uma casa só minha, uma cama, meu computador, silêncio e algumas bebidas.
E se depois de alguns drinques começar a falar, não me ignore. Pare, sente, escute, pois entre as palavras dispersas encontro forças e formo uma frase; aquela que talvez queira escutar.
Todas as noites antes de dormir, ela ficava desejando que ele vinhece cobri-la, contar-lhe uma historinha ou ate mesmo que lhe cantasse uma canção de ninar; para que o medo fosse embora ela deixava e luz acesa. As horas se passavam, e a unica melodia que se era possível escutar era a do seu choro abafado, embalado por soluços… Todas as noites ela desejava sua presença, mas nada com êxito. Os anos foram se passando até que a presença dele não fosse mais posta como prioridade e sim como algo que ela teria que superar todas as noites. - Eu sei, a garotinha cresceu, mas nem por isso ela dorme com a luz a apagada, nem por isso ela parou de ouvir barulhos que vinham do armário, nem por isso parou de sentir medo do escuro, nem por isso parou de chorar. Até hoje ela ainda guarda consigo as historinhas prediletas, que por não ter ele ao seu lado, teve que ler pra si mesma com lágrimas nos olhos, todas as noites que sentia medo ate adormecer. Em meio a toda essa sede de presença foi aberta uma feria, cuja a cicatriz é muito frágil, e só basta um toque para que venha a ser aberta.
Quando você diz que não ta bem, sempre tem pessoas ao seu redor que insiste em falar coisas que sabem que vão doer. E você simplesmente, tem que ouvir calado e engolir cada palavra com lagrimas nos olhos.
Não importa se o destino brincou em nos separar e o quão longe esteja. Quando olho pro céu te sinto ao meu lado, quando escuto as musicas, te sinto contando-as comigo, os sabores e cheiros (mesmo os não muito agradáveis) me lembram você.
Amor. Amor. Amor. Muito amor, de ambas as partes, é mais que simples amizade. É irmandade; lealdade, confiança. Duas marionetes com moradia fixa em uma alma.