Lily Brooks-Dalton
Nós estudamos o universo para saber das coisas, mas no fim das contas a única coisa que sabemos de verdade é que tudo acaba... Tudo, exceto a morte e o tempo.
Talvez o que ele sentia fosse amor, mas ele nunca o nomeou conscientemente. Era um romance unidirecional que consumia tudo com o vazio e a plenitude de todo o universo.
Ele nunca tinha ficado satisfeito e nunca ficaria. Não era o sucesso que ele almejava, nem mesmo a fama, era a história: ele queria abrir o universo como uma melancia madura, organizar a bagunça de sementes polpudas diante de seus estupefatos colegas. Ele queria pegar a fruta vermelha pingando em suas mãos e quantificar as entranhas do infinito para olhar para trás, para o amanhecer dos tempos e vislumbrar o início. Ele queria ser lembrado.