Lilian Moraes
A realidade do cotidiano capitalista!
As vezes no fim da noite me coloco a imaginar, tudo que houve no meu dia mais cedo em tudo que vivi nos segundos atrás. Me vem o questionamento se tudo que fiz foi certo, se foi realmente a melhor ação, o que deixei de fazer e o que poderia ter feito. O sol já se pôs, a claridade já se foi, o que resta no exato momento é refletir se quando chegar o fim de mais um episódio da vida, você se esforçou o máximo para desempenhar a função do seu roteiro. O que devia ter sido hoje, não será amanhã, e por mais que haja tentativas de assemelhar os períodos, será impossível, porque nada é igual, nada volta. Não é a melhor opção reclamar pelos erros, eles te auxiliarão nas etapas seguintes da sua história. Quanto ao medo, eu não me preocupo, superarei o maior deles agora, e daqui algumas horas terei capacidade de enfrentar todos. Nem a morte nem a vida se opõem, quem garante que quando você nasce está vivendo, ou que quando você morre a trajetória acabou? aqui estamos sem a certeza de nada, assim como cada ser humano é incerto, o mundo também é, é nele que estamos inseridos sem saber onde realmente estamos. Não jogue fora as oportunidades obtidas, pois as que parecem mais simples, te servirão da mais ampla forma. Penso em tudo que presenciei, todos os dias que comecei, todas as noites que não dei valor, nos equívocos que cometi, tantas pessoas que julguei sem provas concretas, pessoas que confiei plenamente e entreguei minha confiança, quem eu chamei de amigo, e até de mesmo de irmão, os que mais souberam sobre mim, foram os que mais juntaram argumentos contra minha imagem, foram quem se tornaram inigos fiéis, aliados da desordem. Amei e não reconheci amores, perdi os que tinha, e vivo na dúvida dos que sempre procurei. Deixei o tempo de lado, me dediquei a monotomia do capitalismo, da era tecnologica, esqueci da realidade da vida, da felicidade espontânea, natural. Perdi tempo várias vezes, mais hoje eu afirmo que também ganhei, ganhei experiência, ganhei sabedoria, e o que perdi no passado, lutarei para manter no presente, e se o futuro me pertencer, eternizar até o fim.
O valor de uma amizade não está no tempo em que dura, ou na forma em que acontece, está na instensidade de como é vista. Não se chama de amigo apenas quem está presente nos momentos felizes, e sim quem estende uma mão para levantar o outro quando necessário, quem abraçará e o confortará com palavras acolhedoras, sinceras, e consequetemente, se alegrará com a vitória obtida. Praticamente em todos os dias surgirão inúmeras pessoas as quais irão se identificar, e torna-se amigas, mas apenas apenas algumas vão permanecer. Colegas há vários, mais amigos de verdade são raridades, os quais merecem ser dignos de uma importância extrema. Anos e anos se passam, e todos seguem caminhos diferentes, mais não há nenhuma trilha que não leve ao reencontro, um momento que servirá de recordação do que houve no passado, coisas simples que farão a diferença no futuro. Não se deve economizar um "eu te amo" a um amigo real, mesmo que seja uma única vez, afinal não se sabe o roteiro do destino. E mesmo que um dia novas amizades sejam predominantes, sempre terá algo marcante que quando pronunciado exaltará a designação certa de cada pessoa, de cada momento que foi vivido. Amizade não é apenas ser a melhor pessoa com o próximo, é mostrar a essência de quem realmente é, e ainda sim ser aceito. Nada apaga um amigo do seu devido lugar, é um bem precioso sem descrição, é pra vida toda, e talvez além dela!
Há coisas que não precisamos entender, ou elucidar, conhecimento excessivo atrapalha, trava os sentimentos, bloqueia a realidade individual. Para sentir-se feliz não é necessário um motivo concreto, estar vivo pode ser uma boa causa, mas se procurar entender profundamente sobre isso, as coisas mudarão. Deixe o ar tocar à pele, os olhos arderem com a luz do sol, não deixe a essência da vida ser substituída pelo visível...
Ainda há pouco estava de um jeito meio indescritível, não consegui entender o sentido, e talvez isso causou um estado desagradável, uma confusão mental, é um misto de tentar decidir algo e uma incessante busca de respostas, não sei.. Quantas turbulências psicológicas.. Agora como em um estalar de dedos, descomplicadamente encontrei o ponto crítico da situação.. Quando há muito à se pensar, ou totalmente nada, o melhor é distrair-se com o que provoca riso fácil..