Lidia Lorena Corrêa Cordeiro

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⁠LUTO


O amor dói.
O amor dói na vida e estraçalha o coração na morte.
Mas se não doesse, seria amor?
O bom de amar, talvez seja o fato de que a dor cruel que sentimos é a maior prova de que tudo valeu a pena!
Ao partir um ente querido, um pedaço de nós parte com ele mas é a parte de nossa alma que pertencia a essa pessoa e, se dói quando arrancada, é porque realmente, como dito acima, valeu a pena!!!
O luto talvez não seja pra nos acostumarmos com a falta de quem foi embora, mas pra nos habituarmos a viver sem o pedaço de nós que foi junto. E, sabemos, não nos pertenceu. Por isso valeu a pena!
Amar alguém é entregar parte de nós a esta pessoa e, mesmo na morte e principalmente nela, sabermos que não temos direito a esta parte que entregamos por amor.
Por amar sofremos e somente por amar, é que vivemos.

⁠Essa sensação constante de que falta alguma coisa, mesmo quando se tem tudo. Esse medo absurdo de se perder, de perder algo ou alguém que não deve ser perdido, de não ser compreendido quando se é pego chorando em algum canto por aí. De ter que ficar explicando o inexplicável a quem no fundo não quer de fato entender...

⁠Tenho medo de morrer, assim como tenho medo de não viver direito.

Tenho medo das pessoas, como tenho medo de ficar sozinha.

Tenho medo de ser insuficiente, ou de ser suficiente e não ser valorizada.

Tenho medo de abraços,mas me pergunto de há algo de errado comigo quando não sou abraçada.

Tenho medo dos meus segredos, do meu passado, do meu futuro e por isso acabo não vivendo o presente como deveria.

Tenho um medo absurdo de ser traída, enganada, passada para trás.

Tenho medo de que riam de mim pelas costas, de que zombem do meu jeito e depois me cubram de falsos elogios.

Tenho medo de ir pro inferno, assim como tenho minhas reservas em relação ao céu: santidade extrema é algo robótico.

Vivo com medo, sem coragem de sequer tentar superá-los. Pois também tenho medo do fracasso, de tanto que já fracassei.

⁠⁠Te amo, mas amo mais a mim
Te quero, mas não tanto quanto quero ser feliz
Ou você fica
ou vai,
mas saiba que enquanto se distrai
Eu, distraidamente, vou te esquecendo...

⁠Nossos Pais Não Nos Prepararam



Nossos pais não nos prepararam para a vida.

Colocaram comida no nosso prato, nos surraram quando fizemos travessuras, mas isso está muito longe de ser uma preparação para o caos que é a vida adulta.

Eles não nos prepararam para o olhar emburrado da esposa, nem para a altivez do chefe. Não nos prepararam para a primeira rejeição amorosa, para a decepção ao ser reprovado em uma entrevista de emprego. Não nos contaram como eles reagiram quando descobriram uma traição do cônjuge ou quando eles mesmos foram infiéis no casamento. Eles colocaram comida no nosso prato, nos vestiram, e esperaram que a escola fizesse todo o resto . O resto que era papel deles.

E aqui estamos nós, hoje. Despreparados. Desistindo no primeiro obstáculo, chorando no chuveiro com vergonha de contar que estamos sofrendo, pensando em suicídio, sentindo ódio por mais uma desilusão. Com as nossas vidas bagunçadas e bagunçando a vida de quem chega, deixando sempre pra depois e se possível, pra depois do depois.

Aqui estamos, ainda sonhadores, mas muito longe da realização dos nossos sonhos. Postando textos motivacionais quando nós é que precisamos de motivação. Aqui estamos querendo desesperadamente a atenção que nos foi negada, agindo por impulso, fazendo besteira e se arrependendo antes de cair na mesma cilada de novo.

Para, quando chegarmos ao fim da vida, olharmos para trás e sabermos que poderíamos ter feito e vivido coisas muito melhores do que vivemos e de uma forma bem mais leve e plena. Se alguém nos tivesse preparado.

Mas pensar nisso é frescura.

Coisa de quem tem a vida ganha.

É...
Nossos pais não nos prepararam.

E sabe porquê?

Porque os pais deles não os prepararam, também.
Portanto, nosso sofrimento não é exclusivo.

Só nos resta quebrar o ciclo.
Vamos preparar os nossos filhos.

Uma grande inteligência, com um Ego descomunal, é inútil.

⁠Às vezes, por trás de tanta positividade, há um profundo desespero.

⁠Não botamos muita fé no mundo, nas pessoas e no amor porque, na verdade, não botamos muita fé em nós mesmos.

Quem acredita no poder da própria essência, acredita também no poder transformador potencializado pela vida.

E a felicidade pertence aos que acreditam.

⁠Esse teu medo de viver ainda te mata de tédio.

⁠A vida ainda é boa
E vale a pena ser vivida
Então não perca as alegrias do caminho
Pelo inútil medo da partida

⁠Não permita que a luz de uma tela te tire a luz de um belo dia

⁠Há sempre outros dias, outros lugares, outras pessoas.
O universo nos serve um banquete de experiências
E ainda assim tem gente que vai dormir com fome...

⁠A busca pelo eu, aquele eu do fundo da alma que espera ansioso por ser descoberto, é a maior aventura da vida.

⁠A esperança sobrevive, carcomida, esquelética, tentando respirar entre as descomunais montanhas de dúvidas que triunfam, dia após dia, sobre as expectativas que brotam, sem raiz, nos meus pensamentos.
Que é quem eu sou, não rosto, não braços, nem mãos, corpo. Sou mente e apenas mente serei, talvez para sempre, ou não...
Quando há certeza, há caminho, porto seguro, cais. Ainda que seja certeza do mal, da tragédia iminente, da surra que o destino nos dá, vez ou outra. Quando sabemos o que está por vir, é muito mais fácil lidar, reagir, tirar de letra, como dizem por aí.
Mas é a incerteza que mata.
Não saber qual será a próxima cartada do acaso, mas sentir que ela está prestes a acontecer.
Alguns chamam de ansiedade. Que seja. Eu chamo de desespero da incerteza. Quase um delírio. Medo desatinado.
Mas sigo, sigo sempre. Imaginando se, à beira do precipício, esse fiozinho de esperança será suficiente para segurar meu espírito em queda.

⁠Eu não sei ao certo onde nasce o instante-imaginação que me faz submergir no mais profundo oceano de ideias. Se soubesse, o desligaria e ligaria assim que me fosse conveniente mas, sou escrava de minhas manias, projeções e limitações que me levam a viver acasos atrás de acasos sem sequer ter ideia de o que levou à existência deles e minha.
E também isso desde criança me deixa intrigada: volta e meia me pegava beliscando o braço, puxando a própria orelha e me perguntando "como pode, eu?" E ainda hoje me pergunto, como pode eu, sentir? Sim, eu sendo eu, olhando com os meus olhos, sentindo com minha pele, observando, concluindo e tomando decisões. A existência é um mistério assustador, se as pessoas parassem pra pensar. Mas elas raramente param.
Então, a origem de tudo isso, onde eu estava mesmo? Sim, o instante exato em que nossa mente concebe algo, qualquer coisa que seja. Não consigo entender porque, quando percebo já está ali, criando raízes em minha mente e cabe a mim cortá-las, mas são tão profundas que (e eis o motivo de anos de insônia) me deixo levar por esses pensamentos que de tão meus, tento fazê-los deixar de ser. Mas o que é, é. Não tenho como fugir das minhas próprias entranhas. Oxalá eu pudesse.
Mas o que é, é.

⁠Sua alegria de plástico derrete a cada desligar da câmera.

⁠Nem sempre é bom sentir saudade, ás vezes ela só aparece para nos tentar iludir acerca da "calmaria" que o comodismo nos trazia.

⁠Sonhamos em ter sobre a vida controle absoluto. Sem nos dar conta de que ela é que tem controle absoluto sobre nós.

⁠⁠Nessa vida nos afundamos em ilusões, alienações, devaneios porque, no fundo, sabemos que a realidade é insuportável.

⁠⁠⁠Esbanja arrogância ao falar, mas língua adentro, a humildade subjugada, clama por liberdade.

⁠A gente vê as atrocidades, a maldade e violência do mundo e fica pasmo. Mas é só isso. Nossa revolta dura até alguém puxar o próximo assunto, até o telefone tocar e nossa mente focar em outra coisa mais importante. Depois disso vamos pra casa, fazemos o jantar, deitamos na cama e assistimos comédia.

Por que no fundo, bem no fundo, a gente não se importa de verdade. Não foi com a gente, foi lá em Santa Catarina, foi lá em São Paulo, foi em Realengo. Alguns até choram, por um dia, dois, os mais sensíveis. Mas também não passa disso.

Você pode me questionar: mas o que eu poderia fazer a respeito, além de lamentar? Pois é. Milhões de pessoas não podem fazer nada.

Ah, mas a responsabilidade é do governo!

Sim, outra vez você está coberto de razão: se o governo não faz, o que nós, meros 212 milhões de cidadãos, poderíamos fazer além de lamentar?




Não são as mãos. São as nossas mentes que estão atadas.

⁠Um dia ocioso é um sonho adiado.