Liddell Hart
Adeque o objetivo aos recursos disponíveis (...). É tolice "morder mais do que você pode mastigar".
Escolha a linha (ou curso de ação) de menor expectativa. Tente se colocar no lugar do inimigo e pense na linha de ação menos provável a ser prevista ou evitada.
Adote uma estratégia que conduza a objetivos diversos, colocando assim o inimigo em uma situação de dilema.
Assegure-se de que o seu plano e o seu dispositivo sejam flexíveis e adaptáveis às situações.
Evite comprometer a maior parte de suas forças em uma ação quando o inimigo estiver alerta, ou seja, em uma posição favorável para contê-la ou evitá-la.
Evite repetir um ataque na mesma direção (ou da mesma maneira) que tenha fracassado previamente. Apenas um aumento no contingente não é suficiente.
O treinamento dos exércitos é principalmente focado no desenvolvimento da execução detalhada no ataque. Essa ênfase tática tende a obscurecer o aspecto psicológico.
Alguns comandantes (...) esquecem a necessidade de induzir o inimigo a cometer erros.
A paz decorrente de uma situação de impasse é preferível à paz resultante da exaustão geral e, frequentemente, tem se mostrado mais duradoura.
Quando o inimigo se encontra em uma posição forte, difícil de ser conquistada pela força, é aconselhável, como meio de enfraquecer sua resistência, proporcionar-lhe uma linha de retirada.
É tolice acreditar que tipos agressivos, sejam indivíduos ou nações, possam ser subornados ou apaziguados, uma vez que um pagamento estimula novas exigências.
A queda dos Estados civilizados tende a resultar menos de ataques diretos de inimigos do que da decadência interna, combinada com a exaustão na guerra.
A razão mais comum para adotar uma estratégia de alvo limitado é a de esperar uma mudança no equilíbrio de forças – uma mudança muitas vezes procurada e alcançada drenando a força do inimigo, enfraquecendo-o aos poucos, em vez de arriscar golpes. A condição essencial dessa estratégia é que o desgaste sobre o oponente deve ser muito maior do que o desgaste sobre as próprias forças. O objetivo pode ser alcançado atacando seus suprimentos; realizando ataques locais, que aniquilam ou infligem perdas desproporcionais a partes da sua força; indução do inimigo para ataques inúteis; causando uma distribuição excessivamente ampla de sua força; e, não menos importante, esgotando sua energia moral e física.
A finalidade da estratégia é reduzir a probabilidade de resistência, seja por meio do movimento ou da surpresa. (...) O movimento gera a surpresa, que, por sua vez, impulsiona ainda mais o movimento.
A derrota sofrida por Belisarius (...) ao ceder aos desejos de suas tropas de buscar uma "vitória decisiva" –depois que os persas já haviam desistido (...) – é um exemplo claro de esforço e risco desnecessários.
O ato de virar desequilibra tanto um exército quanto um indivíduo. O cérebro humano é muito mais sensível a qualquer ameaça vinda por trás.
Normalmente, a ação destinada a provocar o desequilíbrio do inimigo é precedida por outra ação diversionária, cujo propósito é desviar a atenção do inimigo para outro local.