Leyliane oliveira
A beleza de uma nação que estremece até o coração inconsolável.
Matamos uns aos outros todos dias, com aquele desafeto e o bom dia não respondido de um desconhecido na rua. Vejam todas essas vidas, todos esses corações ambulantes, todos esses sentimentos reprimidos… e, mesmo assim, não deixa de ser uma linda, uma linda nação.
Matamos e morremos. Ah! É necessário para que tenhamos conhecimento do que é correto e necessário, agora as coisas vão funcionar.
Continuamos a matar todos os dias, já não sabemos mais o que é correto. Que ideais são esses? Que medo.
A nação que tanto brilhava, está morrendo e logo não teremos mais desamor e o bom dia não respondido.
Tudo vai se acalmando, não temos mais sons e nem cores, apenas medo e poesia.
Medo da poesia e medo de mostrar para essa bela nação.
Como mostraria, já não temos mais a quem mostrar.
Ao ponto que não chegamos e a linha que não cruzamos, eu odiei não conhecer vocês
E por que? Lembro que já ultrapassei barreiras com pessoas vazias a ponto de entregar-me por inteiro e ainda assim não a supri-las.
Mas aquele meio termo, obrigada. Foi incrível.
Dei um gole na ignorância, me senti em paz.
Mas era muito seco, nem chegou perto de matar a minha sede. Cansada suficiente para apenas aceitar e morrer seca.
Tentar mais uma seria o correto, é o que todos esperaram. Por que?
Eu certamente aceitei morrer de sede.
Preciso apenas de boas músicas e algum dinheiro para sobrevir, todas essas regras emotivas, para que servem? Vivemos em prol de magoar e sermos magoados, em distintas situações agimos por nós mesmos ou apenas pensando em outro. Cadê o meio termo? Isso tudo me cansa.
Preciso de esperança de dias melhores, mas como eu teria? Olhe a nossa volta, veja nossos governantes. Olha esse país, esse mundo... O que aconteceu?
Aceito morrer de sede.