Lewis Carroll
Podes dizer-me, por favor, que caminho devo seguir para sair daqui?
Isso depende muito de para onde queres ir - respondeu o gato.
Preocupa-me pouco aonde ir - disse Alice.
Nesse caso, pouco importa o caminho que sigas - replicou o gato.
A questão é saber se você pode obrigar as palavras a querer dizer coisas diferentes. A questão é mostrar a elas quem manda...
Mas os poços da fantasia acabam sempre por secar e o contador de histórias, cansado tentou escapar como podia: o resto amanhã... Já é amanhã.
Eu... eu... nem eu mesmo sei, nesse momento... eu... enfim, sei quem eu era, quando me levantei hoje de manhã, mas acho que já me transformei várias vezes desde então.
A senhora me desculpe, mas no momento não tenho muita certeza. Quer dizer, eu sei quem eu era quando acordei hoje de manhã, mas já mudei uma porção de vezes desde que isso aconteceu. (...) Receio que não possa me explicar, Dona Lagarta, porque é justamente aí que está o problema. Posso explicar uma porção de coisas mas não posso explicar a mim mesma...
(Alice no país das Maravilhas)
É preciso correr muito para ficar no mesmo lugar. Se você quer chegar a outro lugar, corra duas vezes mais.
Alice: Quanto tempo dura o eterno?
Coelho: Às vezes apenas um segundo.
Tudo tem uma moral se você conseguir simplesmente notar.
"Mas isso não é culpa sua", a Rosa acrescentou delicadamente. "Você está começando a fenecer, sabe... e nesse caso é impossível evitar que as nossas pétalas fiquem um pouco desalinhadas."
Alice! Recebe este conto de fadas
E guarda-o, com a mão delicada,
Como a um sonho de primavera...
Veja bem, havia acontecido tanta coisa esquisita que Alice tinha começado a pensar que raríssimas coisas eram impossíveis.
Deixe-me pensar: eu era a mesma quando me levantei essa manhã? Tenho uma ligeira lembrança de que me senti um bocadinho diferente. Mas, se não sou a mesma, a próxima pergunta é: Afinal de contas quem eu sou? Ah, este é o grande enigma!
Não vai adiantar nada eles encostarem suas cabeças no chão e pedirem "Volte para cá, querida!" — Queria muito que encostassem a cabeça no chão! Estou tão cansada de ficar assim sozinha aqui.
Gostaria de não ter chorado tanto! — disse Alice.
Parece que vou ser castigada por isso agora, afogando-me nas minhas próprias lágrimas!
Suponho que saiba o que 'isso' significa. — disse o Camundongo.
Sei muito bem o que 'isso' significa quando eu acho uma coisa. — disse o Pato.
Ah, minha querida! Que isto lhe sirva de lição: nunca perca a sua calma!
Quando lia contos de fadas, eu imaginava que aquelas coisas nunca aconteciam, e agora cá estou no meio de uma! Deveria haver um livro escrito sobre mim, ah isso deveria! E quando for grande, vou escrever um...
Controle-se. — disse a Lagarta. Alice pensou que podia muito bem esperar, já que não tinha mais nada a fazer e talvez, afinal, ela dissesse alguma coisa que valesse a pena ouvir.
Então acha que está mudada, não é? — falou a Lagarta.
Receio que sim. — respondeu Alice.
(...) Só que ninguém gosta de ficar mudando toda hora, sabe.
Como gostaria que as criaturas não se ofendessem tão facilmente! — disse Alice.
Com o tempo você se acostuma. — disse a Lagarta.