Letícia F. de Aquino

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Medo

O medo é como lágrima incoerente
Que escorre sobre a face do inocente
Em sua essência enfraquece a calma
Com o peso da angustia da alma

Lidar com esse sentimento
É demonstrar a margem
Que há entre a moradia da covardia
E a residência da coragem

Se o teu corpo não agüentar
E inconscientemente desabar
Não lute permita-se chorar,
Reprimir-se é o pior equivoco que há.

Inserida por leleta

Pesadelos

Nas noites, em quartos penumbros
Entramos em mundos absurdos
Até que somos surpreendidos
Por sonhos que nos aterrorizam

Nesses sonhos que impertinentemente
Perturbam nosso sono
Percebemos como são as chamas do inferno
Que flamejantes, dilaceram nossa coragem

O medo que todos tentamos esconder
Vem à tona, como a velocidade de um raio
Que em segundos rasga a escuridão
Que tão lentamente forma-se nos céus

Ao depararmos-nos com a verdade
Sentimos um alívio, que urgi
No coração do desesperado
Que chora ao perceber que se iludi