Letícia de Sá A. C. S. Figueredo
MORRER DE AMOR
Ainda que eu coma frito todo este amor
Não hei de morrer
Por ter veias entupidas
E um coração fraco...
Ainda que eu mergulhe
Sem salva-vidas na dor
Não hei de me afogar ou secar
No rio de lágrimas
Que eu derramei...
Por isso vou vivendo...
VOCÊ MANANCIAL
O sol de rachar
Poderia ser miragem
Os pés descalços e a sede
Deviam estar afetando
A sanidade que insistia em sobrar...
Quando não poderia sonhar
Onde tudo falta
Eu sei
No deserto eu achei
Um manancial..
SEM VOLTA
Numa estrada sem volta
"Até logo"
Meu logo pode ser mil anos
Eu não sei dizer adeus...
Não sei dizer jamais
Sempre quero mais
Mais tempo por favor
Porque pra mim amor
Não acaba com o tempo...
A omissão foi um pecado
Olhar nos seus olhos
Meu abismo, minha sepultura,
Amor da minha vida?
Não poderia ser você,
Tão diferente de mim...
Agora sem depois...