Letícia Andra
A cada movimento físico convoca dentro de nós as nossas motivações, bloqueios, possiblidades,medos... sendo assim volte-se para o corpo, e veja que tudo fluira... como um rio que retira de suas margens os obstáculos.
'Gostaria que minha arte inspirasse apenas...que poder tenho sobre para onde ela leva, acredito que nenhum...no entanto quem gosta é incentivada ao querer... inevitável movimento entre os apreciadores, os que valorizam,quem consome, o que me incluo, sem sombra de dúvidas... modo de sobrevivência para quem produz... Isto acontece a séculos...a relação do belo com a vontade de apreciar, se aprofundar, ter e ser é o que move, ou seja movimenta o mundo.. de nenhum modo fugimos disto... assumir esta condição... seria possivelmente o fim de muitas das hipocrisias do consumo...explicitar o querer inevitável dentro de nós... não interessando o foco que o guie, apenas vê-lo em sua subjetividade, quero dizer em nossa própria singularidade, poderia nós conduzir também não sei para onde... mas com certeza para algo próprio nosso caracterizada pela aquela imagem ou arte ou ... acho que simplesmente este voltar a si saber a a busca do nosso consumo nos conduziria ao que somos.' PURA utópia.
Há casos de nós julgarmos o que é o certo de longe do acontecido e assim perdemos o início, meio e o fim da história. De longe pode ter certeza que nada tem de certeza,podemos até trazer soluções, mas tudo passa de hipóteses vazias e superfíciais. Há infinitas variantes no mundo, e só quem vive senti de fato.
Humildade, sentimento precioso, mas não baixa estima, isto distância, invalida e subestima.
Há pessoas que se acham a última laranja do saco, acho isto de certa forma uma baixa estima mascarada em superioridade, pseudos artistas.
Não considerar ninguém inferior nesta vida acredito ser a minha maior benção,pois assim eu vivo no amor tentando estar longe de qualquer neura, preconceito ou racismo.
Tudo é um enigma... nós achamos que entendemos os outros e nós achamos que somos compreendidos pelos outros... no entanto a percepção do outro é amparada por um mundo de conceitos próprios e não compartilhados que faz parte de uma enciclopédia própria e intransferível... que mesmo que tentemos explicar as nossas palavras próprias e intransferíveis estas teram que passar também pela enciclopédia do par próprias e intransferivéis! Qual é a saída... sentir apenas, isto não falha!