Leontino Gaspar
Eu nada digo. As palavras são ditas por minha boca e escritas por meus dedos. Muitas das vezes sem a minha prévia autorisação
Preciso
Preciso
Imediatamente preciso
Sentir-te por perto
Sentir teu cheiro
Preciso
Sem perder mais tempo
Preciso
Ver você
Mesmo que só um instante
Mesmo que menos de um segundo
Preciso ouvir a tua voz
Sentir teus cabelos
Embeleza-los com flores do jardim da casa ao
lado
Preciso
Mesmo que o mundo
Se acabe
Ver-te a sorrir
Palavras deixadas por se Dizer
Desde o momento que me pús no mundo para
viver tive que saber como andar sem desviar do
caminho
Como partilhar os sentimentos sem que a vida
reclamasse de meus actos
Como ser feliz fasendo os outros felizez.
Ai temos que nos aguentar. ser o que queremos,
antes que o mundo escolha por nós.
Viver a nossa vida, antes que alguem faça isso
por nós.
Amar quem amamos. antes que os sentimentos
se escondam dentre as ‘‘Palavras deixadas por se
Dizer’’
Existem muitos Sócrates mas nem todos querem ser considerados sábios, apenas querem que façamos o certo
Carta sem remitente
Lembras da ultima frase que diriji pra ti?
Fora meu sucego a noite passada
Sentira a noite abensoada
Falara sobre a vida naquela carta
As ultimas veses em que eu sorrira
Foras tu minha alegria
Lembras do tempo em que começamos a trocar
cartas?
Tu deixacas frases por acabar e eu concluia teus
pensamentos
Falavamos de paixão
As ideias convergiam quase sempre
Sabiamos os dois oquê procrurar e onde procurar
A felicidade fora antes o passo primordial para
chegar ao que queriamos
Falavamos de amizade
Prometemos apoiarmo-nos em tudo
Que a distansia não separasse nossos caminhos
Que estivecemos juntos independentemente do
que acontecesse
Falavamos da vida
Era a tua sugestão predileta
Antes que eu dicesse uma palavra
Estavas tu a enfantisar um pensamento
Nunca concluimos sobre isso
E nas cartas que fui enviando pra ti acrescia
sempre algo
Devemos amar a vida antes de amarmos a nós
mesmos
Foi a ultima frase na carta que escreveste para
parabenizar o meu aniversario
Viví dias sem escrever palavras
Chorei noites sem ter lacrimejado
Questionei-me purquê os outros eram felizes e eu
não
Foi alí que entendi
Se queremos ser felizes não devemos viver de
comparações!
Falei sem pensar algumas veses
Não lera uma carta tua á mêses
Os dias em que não escrevi uma palavra
São os que esperei insensantemente suas
palavras
Viajei milenios procurando histórias para contar. O mais isuberante que encontrei é a beleza do teu olhar
Independência d`Angola
40 Segundos
40 Minutos
40 Horas
40 Dias
40 Semanas
40 Meses
40 Anos
# Angola_exaltada_por_suas_Victórias
No dia 11 de Novembro de 1975 um
homem. Uma comunidade. Uma
sociedade. Um povo! Estaria
proclamando aos ouvidos de África,
do mundo ou mesmo do universo
Que era um povo livre
Um povo independente
Que estaria pronto para enfrentar
dificuldades
Barreiras, tudo que der e vier.
Somos um povo
Mesmo que divididos pelos intereces
Mas somos um povo
Que sempre procurou a harmonia,
A paz, a confaternização, a união
mas acima de tudo a unidade
nacional.
Não gritemos nomes!
Todos derramaram sangue para a
Angola independente.
Todos sofreram
E clamaremos seus nomes em
intoação de nosso Hino nacional
Cabe-nos dizer
Viva. Viva. Viva a paz & a
Independencia
Viva o povo angolano
Viva Angola
Cantamos Independência
Cantamos independência
Faltando uma voz
A que a agora canta dentro de nós
Ontem vi uma lágrima partir
Velha Chica
Não voltei a ver sorrir
A pinguela da aldeia não atravessou
O homem que ao matagal
Não mais voltou
Cantamos independência
Faltando uma voz
A que a agora canta dentro de nós
Domingo as quinze
Não se cantou
Ao pé da mulemba
Ninguém se sentou
O funje de Domingo
Não se cozinhou
Pois vovô,
Pro mato não voltou
Cantamos independência
Faltando uma voz
A que a agora canta dentro de nós
E cê também partiu
Deixando uma lágrima
Nos olhos de que outrora sorriu
Pela cartinha de saudade
Que mamã consolou
E papá ecorajou
na busca da paz que teu povo conquistou
Cantamos independência
Faltando uma voz
A que a agora canta dentro de nós
Ah, porquê foste embora assim
sem nada dizer?
E como te hei dizer minhas histórias?
Talvez te escreva cartinhas de saudade
Cartinhas de minha mocidade...
Os mortos não cheiram rosas
Não recebem lírios
Não amam margaridas
Os mortos não ouvem os prantos
Não lêm elegias
Não nos ouvem os cánticos
E tu não nos vês aqui
Chorando por ti
Os mortos não lembram os dias
Não pensam nas memórias
Não sabem das horas
Os mortos não sentem o peso
Não sabem o que penso
De nós não têm dispreso (talvez nem apresso)
E tu não nos vês aqui
Lembrando de ti
Os mortos não choram nossas lágrimas
Nem doces, nem salgadas
Não choram nossas máguas
E Os mortos não cheiram rosas
(Vermelhas, pretas, azuis...)
Não lêem prosas
Nem lembram das glosas
Inspirado por: Adilson Saprata
Tenho uma alma de vento
Qualquer sopro desalento
Chovem-me palavras e pensamentos
São poetas, jogando versos ao vento
Poemas e poemas me constroem
Versos me formam a brisa
Brisa que sopra nos campos
Campos de rosas e prosas
Esvai-se-me a alma
Com a brisa que sopra
Os versos me caem num tempo inserto
Semeiam poemas no deserto
Minha’lma, ai de ti se me perdes a pouca vida
Nessa viajem sobre a brisa
Onde o sol não mais radia
Nem sustenta o novo dia
Título: Alma de Vento
Autor: Leontino Gaspar
Inspiração: Gabriela Manuela Chombossi