Leonardo Zen

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⁠⁠O tempo e a cumplicidade

O tempo que tenho para viver,
o tempo que tenho parar sorrir,
o tempo que tenho para curtir algo novo, sentir a emoção de novo.
Quanto tempo tenho?

Essa emoção pode ser sentida sozinho, escondido, sem levantar suspeitas,
mas qual a graça de sentir errado o que se pode fazer acompanhado?
nossa felicidade está na cumplicidade, qual seja verdadeira e não derradeira
podendo durar por uma vida inteira.

Buscamos por um amor insano,
que possa ser santo e profano em um só corpo, um só olhar.
olhos que penetram a alma e causam conforto
até depois de morto de tanto trabalhar.

Não importa a idade
a cumplicidade gera felicidade
o que traz tranquilidade e equilíbrio
ocupando o vazio, que a solidão gera na alma.

Não precisa estar sozinho para viver a solidão,
basta não ter ao seu lado um cúmplice que segure sua mão.
namorar, noiva ou casar não é garantia de cumplicidade
por vezes não passa de um acordo sem necessidade.

Ser cúmplice é ser parceiro
querer estar ao lado o dia inteiro
pensando em aventuras e momentos inacreditáveis
que só são possíveis para os companheiros inabaláveis

Os cúmplices conversam pelo olhar
se divertem e causam ódio
naquelas que nem com muito ópio
desta sensação vão aproveitar

Ser cúmplice é fazer pelo outro
sem esperar como pagamento nem um biscoito
com a certeza de que terá retribuição
gerando um novo momento de emoção.

Para quem é cúmplice, a satisfação está
na ação de abrir mão de suas vontades
e ver no rosto a felicidade do parceiro
ao perceber que sua entrega é por inteiro

A cumplicidade rotineira faz nascer
o companheirismo, que de fato sim
pode tirar alguém do abismo e dar
um novo sentido a quem não para de cronometrar o tempo.

Quanto tempo temos?

Inserida por Leo_Zen