Leonardo Rolim Cubas
Vulto
A toda hora, a todo tempo
Sinto um vulto me seguindo
Com grandes braços e um sorriso sinistro...
Ele tenta falar comigo
Eu fujo, eu me escondo
Mas ele sempre esta lá
No escuro eu não o vejo,
Parece que fica invisível
Sinto medo, medo
Sinto frio, frio
E quando eu menos espero,
Ele está aqui comigo
Continuo não o vendo
Mas sinto sua presença
Não consigo mais dormir,
Não posso mais sonhar
Toda vez que fecho os olhos
Seu sorriso macabro esta lá
Sinto que minha única opção
É me render ao vulto.
Mas acho que já fiz isso,
Por que eu tenho certeza
De que eu nunca escrevi isso.
Alaranjado
Vejo as luzes alaranjadas
Espalhadas pela cidade,
Passo de carro por elas
Apreciando sua beleza coletiva
Mas não a individual
Perco a chance de apreciá-las
Uma a uma
Enquanto me aconchego
Na suave brisa da noite
Olhar cada luz,
Da mais fraca,
Até a mais forte
E é apreciando essas pequenas belezas
Que termina mais um dia
E devo dizer,
Não é um jeito tão ruim de acabar por hoje.