Leonardo Muniz
Lá vai o menino atrás da borboleta, enquanto observava aquilo, pensava “que tolo”. Mal percebia que eu era tão patético correndo atrás dos pensamentos dela, quanto aquele menino atrás da borboleta.
Não me apaixonei pela ave vermelha, mas provoquei suas chamas
Voei com ela um voou curto, que vai durar a vida toda.
Ninguém viu, sobraram só fotografias que nunca foram reveladas
Nunca reveladas porque nunca foram tiradas
Talvez tenha ido e já voltado, talvez tenha voado e já pousado
Se sim ou não, passarei a vida negando.
Discordo de forma veemente, daqueles que afirmam que minhas tatuagens são uma inócua representação daquilo que eu não sou, muito pelo contrário, minhas tatuagens são representações da minha personalidade e externam meu interior em forma de arte. Se a língua fala o que o coração está cheio, minha pele grita!
O homem de verdade domina suas paixões e vaidades.
Se necessário, dá sua vida pela família e mantém seus olhos longe de uma mulher que não é sua
Não se rende ao próprio ódio ou rancor.
Despreza a vassalagem, antes, subversão.
Busca a simbiose, nunca o parasitismo.
Está em constante expansão da consciência e compreende que a plenitude é inimiga de objetivos ambiciosos.
Recusa o pódio, pois pressupõe que a glória não deve celebração a plateia.
Não é definido por suas façanhas abaixo da cintura.
Teme o conforto, e martela diariamente na solidificação da sua evolução.
Busca a metanoia, tem aversão a estagnação.
Igrejas no mundo todo fecharam suas portas, amar agora vai além de um abraço, e comunhão vai além das quatro paredes do templo.
Na espúria vida através do feed
E na vacuidade das relações através dos comentários.
A sociedade embebedou a alma de vazio e cultivou afetos inexistentes através dos likes.
Esqueceu que likes, não constituem afeto, independente do algoritmo.
Algoritmo do hedonismo contínuo, incessante busca por deleite, a fim de evadir da solidão.
Numa realidade que tudo conecta, mas nada solidifica.
Gradualmente aniquila a capacidade de desfrutar, sentir e viver aquilo que é real
Seriam os “likes” o feitiço de auto contemplação como com Narciso?
Vaidosos na busca por validação, perdem o fôlego em suas timelines, e a percepção sobre si mesmo, com seus mosaicos de alegria, avesso a vida real, a vida sem filtro.