leonardo italo inaio ( leo bala)
Extremos.
Vivi tudo ao extremo. Festas, amores, “viagens”, depressões, amizades, acidentes, brigas e confusões.
Passei por muito de tudo na vida.
Já vi a morte de perto varias vezes, já parei festas com brigas, assim como perdi muitas por estar mergulhado em depressão.
Dos amores que amei, verdadeiras juras eternas jurei.
Dos amigos que tenho, por eles tudo farei.
Das viagens que fiz, de muitas ainda nem voltei.
Viver ao extremo trás muita tristeza, muita infelicidade permanente. Na verdade acho que tive apenas pequenos momentos de real felicidade e prazer.
Assim como diz a advertência (use, beba, faça, etc, com moderação).
Uma vida moderada trás menus transtornos, menus polemicas, menus dissipações.
Espere sempre o mínimo para ser surpreendido com o maximo, quem espera sempre o melhor tem muito mais chances de se decepcionar com o resultado.
Mesmo com todo transtorno que causei e que ainda causo, tenho amigos de fé uma família que amo, um amor para amar.
Também tenho inimigos para temer e par me vingar, pois a fama de guerreiro, esta não quero deixar.
Quantas vidas me restam, só morrendo para responder.
Recuperar minha credibilidade e voltar a media de tudo, é tudo que quero.
Fazer de minha vida apenas uma vida para viver.
Quero tirar meus rótulos e sair dessa prisão sem grades.
Viver uma vidinha sem escuridão ou brilho, mais principalmente sem vaidade.
Ser apenas o Leo, e viver o extremo da normalidade.
Quando vem a inspiração.
Procurei escrever coisas boas de minha vida.
Foliei nas páginas brancas do meu diário para encontrar um rabisco.
Mas foi em vão!
Encontrei nos destroços uma ferida.
Descobri em mim uma grave doença.
Doença que não estava em meu corpo.
Mas uma enfermidade em minha alma.
Uma doença chamada vida.
Pois fiz da minha um grande câncer.
Corroí a mim mesmo.
Doença com cura incerta de sofrimento certo.
Tratamento doloroso, mas necessário.
Procurei na independência encontrar a liberdade.
Soltei um grito de felicidade à vista.
Saltitei por uma grande descoberta.
E acabei vivendo um sofrimento a prazo.
Na tentativa desesperada de encontrar a solução.
Resolvi comprar um novo diário.
E nele escrever velhas histórias.
Sem ao menos perceber que poderia escrever tudo nas páginas do diário antigo.
Paginas estas nunca usadas.
Respirei fundo e comecei passar a limpo o que ainda não tinha escrito.
Parei de usar palavras deprimentes e amargas.
E escrevi apenas textos do tipo “final feliz”.
E logo nas primeiras linhas, reencontrei sorrisos.
Troquei o adoçante pelo mel e voltei a ter a boca adocicada.
Escrevi a felicidade e seus sinônimos, criei a minha terra encantada.
Mesmo ainda estando no meio deste texto.
Já me encontro sem palavras.
Vou sair e viver mais um pouco.
Encher de cor minha vida cinza.
Pra voltar e colorir todo o restante das páginas.