leonardo italo inacio

Bem aqui

Procurando em sonhos improváveis.
Devaneios de riquezas infindáveis.
Esperanças sem nenhuma de si.
Viagens em tom de voltar aqui.

Olhando bem do lado.
Um velho sorriso, um amor ainda acordado.
Enxergando, o que estava no nariz.
Ingratidão com a vida foi isso que quis.

Coisas simples sem muito a deslumbrar.
Coisa maravilhosa apenas para quem reparar.
Felicidade invisível
Mas estava na cara, como só agora fui reparar.

Entre milhares de eternos pedidos de perdão.
Vou escutando esta batida forte.
O tum, tum, tum tenebroso de escutar um não.
Foi preciso apelar para tudo, até mesmo pra sorte.

Mais agora continuo olhando do lado.
Relembrando o que nem ao mesmo havia percebido.
Atentando o quanto foi rico o passado.
Vendo como não tinha nada antes de você eu ter tido.

Riqueza simples, de muito valor.
Riqueza que me enriquece no que eu faço.
Riqueza de tamanho incerto e que não tinha percebido.
Riqueza que cabe no meu abraço.

A medida da distância.

A vida nos faz distantes.
O tempo nos faz amantes.
A distância nos trás acompanhantes.
O adverso nos faz possantes.

E incrível como o tempo nos separa.
Como as distancias nos distanciam,
Como o telefone para de tocar.
E sempre, outro ombro saímos a procurar.

A distância se aproxima aos poucos.
E nem ao menos encontramos tempo.
Só apenas seguimos o vento.
Já não esta ao lado o mesmo que em outro momento.

Mas como voltar ao instante?
Mas como mudar o semblante?
Olhar perto e enxergar distante!
Acima de tudo amigos, mas para sempre amantes.