Leonardo Horta
Saudades de meu pai
Pai, tento escrever sobre ti, mas não tenho tua sabedoria;
não sou poeta, mas sou filho;
não tenho belas palavras, mas tenho saudades;
saudades de um pai que para mim foi heroi, foi amigo, foi vilão e mocinho;
foste para mim, pai, segurança e comforto, mesmo distante,meu porto seguro;
muitos te julgaram, poucos te entenderam;
muitos te encontraram, poucos te esqueceram;
foste martcante mesmo subjulgado;
deixaste saudades, mesmo renegado;
pude ver,pai, no dia em que partiste, por detrás das máscaras do orgulho, o arrependimento nos
olhos daqueles que te julgaram, mas contigo, aprendi a perdoá-los;
Não pudeste me ensinar a pedalar, ou a torcer pelo Flamengo;
Não conheceste minha primeira namorada, nem me viste servir à pátria;
Não penduraste meu diploma na parede, nem meu primeiro trabalho;
pouco nos vimos, pouco nos falamos, mas no pouco feste muito, me ensinaste a viver.
Hoje peço à Deus, forças para prosseguir,para Honrar este nome , que com orgulho carrego.
Não sou poeta...
mas sou filho.
A você minha pequena,
que me traz a luz,quando estou em trevas;
que me faz feliz quando me vejo em lágrimas;
que é minha compania na solidão;
que me faz sentr a força de um verdadeiro amor;
a você que todos os dias me dá razões para viver, e que de minha vida, por si só é a razão...
Tu brilhas e reluz como aurora, em minha vida és luz que outrora, levaste-me a treva,e agora, de ti minh'alma enamora;
És sublime como brisa a tocar meu coração;
És forte como vento, a tirar meus pés do chão;
És doce e suave, como a rosa e o jasmim;
Assim és, e surgiste, um dia para mim.
...A ti não tenho muito,tenho apenas o que sou, mas o pouco que tenho é muito, pois é muito o meu amor,sou apenas o que tenho, e o que tenho te dou.
A ti minha amada, todo o meu amor, eterno e imaculado sentimento, que é feliz mesmo que em dor, que toma-me o ser e domina-me em viver.
A você minha pequena, tenho tudo o que sou.
{Amor sem palavras}
O que vi, o que vivi, o que sei, on que sou;
Já não vejo já não vivo já não sei, já não sou;
certeza? razão? sentdo? compreensão? ...
Nada posso, nada sei,nada ouço,nada falo;
das palavras que lhe digo, sem sentido, não me calo;
No meu túnel não há luz, não há fim , não há saída, só há o teu olhar a guiar-me em minha vida;
do inesperado apareceste, do nada me surgiste, nada ouve, nada soube, nada disse.
com um sorriso e um olhar mudaste-me o viver , hoje sou por ti, o que nunca soube ser;
Querer? Amor? Paixão? ...
Não sei dizer.
Não sei teu nome ou telefone, tua vida, tua paixão, só sei de tue sorriso que é minha inspiração;
Apressado? exagerado?
Talvez apaixonado.
Hoje é minha vida, um baralho embaralhado;
Sem mais finalizo, e irei lhe esperar,
aguardo sem palavras, teu sorriso, teu olhar.
{arte simples}
Hoje não tenho palavras, não tenho inspiração,
não sei se escreverei, se terei compreensão;
um poema sem sentido? Talvez, porque não?
sempre escrevo para quem está em meu coração;
mas hoje é diferente, ninguém é inspiração;
um poema sem destino? Toda regra é escessão;
Toda arte é sem querer, e as vezes sem saber, paro, penso e começo a escrever, não pra ser poeta mas pra não esquecer;
olho para o céu, e me ponho a pensar, derrepente um papel, começo a desenhar;
se sinto tristeza, alegria ou amor, ouço um pássaro a cantar e uma canção posso compor;
o som instrumental a noite a embalar ,só por complemento me ponho a dedilhar;
A arte é muito simples até se complicar, é o dom de querer fazer e falar;
não vivo para a arte a arte é viver, é a criação da vida ,inspirado no saber.
A essência da arte não está em ser, ou parecer bela, mas em despertar os recantos mais profundos da sensibilidade Humana
(...)A arte é muito simples até se complicar, é o dom de querer fazer e falar;
não vivo para a arte a arte é viver, é a criação da vida, inspirado no saber.
As paixões vêm e vão, mas as amizades permanecem. As verdadeiras, mais que isto, transcendem a complexidade existencial de nossas vidas.
Haja o que houver, nos Jardins de Veneza ou no solo do Sertão, o amor será sempre amor, o que muda é que no Sertão sobra apenas a essência.
As verdadeiras amizades são assim, florescem nos jardins, mas se edificam na estiagem!
Há, nesta vida, dois tipos de astros, os cometas, e as estrelas;
Os cometas são intensos, fortes e emocionantes, porém, logo passam...
Já as estrelas têm seu brilho essencial e necessário, mas você sabe que uma estrela sempre estará no seu céu quando você a procurar.
"Nem sempre somos o que queremos, mas o que queremos está em nós, e isto o que somos não pode mudar !"
A vida é como uma viagem, onde vivemos de caronas;
muitos passam e nos cumprimentam, mas depois vão embora,
outros param, conversam, mas seguem sem nós, alguns nos oferecem carona, mas aí somos nós que não a aceitamos, alguns nos querem levar, e nós deixamos, mas antes que chegue o destino, seguem por outro caminho, e estamos novamente sós, poucos nos dão carona até o fim de nossa viagem, mas aqueles que realmente importam estavam seguindo a pé conosco desde o começo!
" À minha menininha"
Vi-te em minha vereda, em caminho de minha vida;
me és rumo e destino, és única saída,
és inspiração, de sonho e paixão, és começo e recomeço, és amor e és razão,
és quem em mim eu reconheço, do início, até o fim,
és quem só hoje tenho, e quem sempre esteve em mim.
Subi aos altos montes, desci aos profundos vales,
trilhei por toda a terra, cruzei todos os mares,
não há na criação, tamanha inspiração,
de tua intensa formosura, não se há contemplação.
Minha doce menininha, de meu reino és rainha,
das viagens és meu porto, dos anseios meu conforto,
já não sei se sou sem ti.
Se tu fores, eu irei, se ficares, ficarei,
se a mim deixares, morrerei,
pois sem ti eu não serei...
Minha rqazão não decidiu, meu conceito se partiu,
não sentido em minha ação, mas no Juri da paixão,
toda regra é escessão
Não antevejo o amanhã, e nem quero antever,
quero amanhã viver o hoje, e pra sempre reviver.
Hoje sou teu...
Hoje és minha...
Já decidi não acordar,
deste sonho de criança,
minha doce menininha.
{Sol}
Põe-se à Brilhar ó sol;
Faz-me em ti ver a luz
mostra-te em dia e és, quem ao meu mundo reluz;
mesmo que passe o dia, e a treva venha cair;
mesmo que brilhe a lua, estrelas à competir;
a luz que me ilumina, vem e virá de ti;
Põe-se à brilhar...
Põe-se à brilhar...
Uma lua, mil estrelas não se vem à comparar;
nosso dia já não há,
mas se de ti o brilhar, mesmo que vendo a lua
vejo teu iluminar;
ereis e és meu sol, Reluzistes e reluz;
estrelas podem brilhar, mas só o sol traz-me a luz.
Sou veículo, não estrada,
narro a vida mostrada,
mostro a imagem vista,
falo da cena narrada.
Sinto com palavras,
uso linguagem da alma,
copio a realidade,
acrescento-lhe a paz e a calma.
Poeta não é inventor,
não inventa o amor,
fala daquilo que vive,
pois também fala da dor.
O poeta e o Repórter,
não parece mas são irmãos,
o repórter informa à mente,
o poeta ao coração.
É o simples falar da vida,
é o comentar no banco da praça,
é jogar palavras ao vento,
é falar do que se passa,
poetizar não é querer,
é o simples dom de viver,
é deixar falar a alma,
tomar a frente de teu ser.
Todo homem é poeta,
não existe ensinar,
o dom que há em ti,
só tu podes encontrar.
{Rio da Vida}
Roda a roda da vida,
no rio das águas da dor,
roda e traz-me alimento
que trazes da força do amor.
Corre e que corra o rio,
conduz labuta e ardor,
faz-me fazer uma ponte,
que leve-me à o transpor.
Quando além deste rio,
estou e não há aflições,
lembro-me de seu curso,
das dores e falsas paixões.
Quando enfim retornar,
aquele que fora fechar,
as fontes das impurezas,
que ao rio vem macular,
terei paz e alegria,
e eterna companhia,
daquele que faz o rio,
faz a roda e a calmaria.
Verei que não foi em vão,
me abster de mergulhar,
nas águas que trazem beleza,
e que em correntes me tendem levar.
Recordarei por que passei,
daqueles que encontrei,
das vezes que à margem fui,
e que sempre retornei.
Hipocrisia não é meu forte,
é doce o sabor da morte,
mas quero o que é amargo,
pois do rio é triste a sorte.
Quero a ponte estreita,
quero a roda do trigo,
quero trabalho e luta,
quero batalha e guerra.
Não hei de descansar,
tampouco hesitar,
vou transpor este rio,
é o meu sentido em viver,
e tu virás comigo,
se aquilo que digo entender.
{O Mar}
Sou mar,
sou água e sou sal,
sou só e sou frio.
Sou mar,
sou água da dor,
deserto de amor,
trago a vida e a morte,
trago destino e a sorte.
Quantas embarcações,
meu Deus quantas.
Se foram em minhas águas,
levaram vidas lavadas,
nas águas da triste sorte,
fui eu quem lhes trouxe à morte.
Me lembro daquele barco,
o primeiro que navegou,
lembro de o ter levado,
nas águas, que se afogou,
lembro de ter marcado,
tais águas com mui ardor,
lembro de ter partido,
suas velas levantou,
foi-se ao sabor do vento,
foi-se e me deixou.
Veio o segundo barco,
veio ao natural,
levei-lo por minhas águas,
viagem comercial,
foi vazio e indiferente,
foi naufrágio, pois fui ausente.
A terceira embarcação,
foi em meio à um tufão,
turbulenta a viagem,
marcante de emoção,
mas eu mesmo o afundei,
pelo que me agitei,
não vi-lo à naufragar,
pois o vento à soprar,
minhas ondas à agitar,
não me deixei de encapelar,
o vento então cessou,
já nada posso fazer,
apenas optar,
por lembrar ou esquecer.
Hoje vejo outro barco,
que navega sobre mim,
vou-lhe deixar ir,
para não trazer lhe o fim.
Muitos se foram,
não mais estão à navegar,
estão dentre as águas,
são memórias à recordar.
Não mais quero ser mar,
agora quero navegar,
não importa que eu afunde,
quero dentro em ti estar.
Como mar serei só,
pois não te quero naufragar,
antes ver-te no cais,
apenas à margear.
Assim prossigo,
sempre frio,
só com o vento à papear,
não olhe a ilusória calma,
pois é triste a sorte do mar.
{O sol e o Mar}
O sol brilha sobre mim,
como é belo o explendor,
está distante, eu sei,
mas sinto seu calor.
Não fiz por merecer,
dá-me o Sol sem receber,
ouve-me pois oh sol,
pois venho lhe agradecer.
Quero me arrebatar do chão,
estar onde estás,
pois não quero a solidão.
Sou mar de águas calmas,
mas frio sem meu sol,
a noite é mui longa,
o dia um simples farol,
o entardecer é nossa hora,
enfim podemos nos unir.
Vou mudar-me em horizonte,
se meu sol me acompanhar,
vamos parar o tempo,
como um, vamos estar.
Posso sonhar assim,
posso poetizar,
mas sempre serás Sol,
e eu aqui, um frio Mar.
{Terra das artes}
Vejo-te do alto,
deitada sobre o vale,
dentro em ti há história,
há vidas há memória.
És terra de sábios,
és reduto da alma,
és passado e futuro,
és agitada calma.
Muitos dizem: és só caminho,
e em parte tem razão,
pois és sempre caminho,
das artes desta nação.
Da arte de pintar telas,
à cena à qual tributas palmas,
à arte que manifesta,
os afetos de nossas almas.
Fostes terra de lavoura,
da colheita o ano inteiro,
fostes terra do aço,
de negócios, do dinheiro.
Hoje és terra de sábios,
de artes, das escolas,
és terra de violinos,
bombardinos, e violas.
Tua beleza não é nas ruas,
mas nas vidas,
espalhadas pelos parques,
calçadas e avenidas.
Sou filho desta terra,
e nela viverei,
de seus sons e sabores,
jamais me esquecerei.
Me lembre de escrever,
Quando nunca partir,
e de telefonar,
quando jamais me despedir.
Minha terra é feita de gente,
não termina em seu limite,
quem não a compreende,
compreenda a arte e a visite.