Leo Santos
Amor e castigo
“Ninguém tem maior amor do que este, de dar alguém a sua vida pelos seus amigos.” Jo 15; 13
Nenhum ser humano conseguiria conter as águas da chuva, ainda que todos possam se molhar com elas; de igual modo, não se pode definir satisfatoriamente o amor, se bem que, todos o podem provar, ainda que em parte.
Não raro se confunde amor com paixão, ou, sentimentalismo. A paixão, como o nome sugere, me faz passivo, é algo externo que me toma, por algum tempo, a despeito de minha vontade. Geralmente tem prazo de validade. O sentimentalismo é uma fraqueza moral travestida de amor. Por exemplo, um pai que sabe que seu filho errou de tal modo, que precisa uma séria correção, mas, o “ama” tanto, que recusa a fazer isso.
Certa vez, vou omitir o lugar e os nomes, por razões óbvias, uma igreja evangélica conduziu um viciado a um centro de recuperação, sendo o pai dele, membro da referida igreja. Quinzenalmente eram permitidas visitas, e o pai, “amava” tanto seu filho, que ao visitá-lo, levava drogas escondido dos monitores, pois, o rapaz sofria muito com a abstinência. O tratamento revelou-se inócuo, e o pai “amoroso” sepultou seu filho pouco tempo depois.
Quando um pai aplica um corretivo, uma punição qualquer a um filho, não o faz por um prazer sádico imediato; antes, prevenindo um mal maior, futuro. Age certo que, os valores assimilados agora, hão de eclodir de novo, adiante.
É pacífico que ninguém pode dar o que não tem; e no texto supra, Jesus apresenta o amor com algo que se tem, e se dá. “Ninguém tem maior amor que esse; dar sua vida…”
Quantas vezes o discurso duro de quem fala a verdade é equacionado com falta de amor? O amor personificado, Cristo, chamou de hipócritas aos hipócritas, de falsos aos falsos, de maus aos maus, mesmo amando a cada um. A perfeição do Seu amor estava atrelada à perfeita aversão pelo sentimentalismo.
O “amor” que esse mundo cultua, não raro é mera moeda de troca que se usa a torto e a direito para conseguir o que se quer. Muitos tentam se ocultar atrás do biombo que “Deus é amor”, quando O querem sentimentalista apenas.
Aos que fogem da Sua correção, a Bíblia usa uma dura linguagem, aliás; “E já vos esquecestes da exortação que argumenta convosco como filhos: Filho meu, não desprezes a correção do SENHOR, E não desmaies quando por ele fores repreendido; porque o Senhor corrige o que ama, E açoita a qualquer que recebe por filho. Se suportais a correção, Deus vos trata como filhos; porque, que filho há a quem o pai não corrija? Mas, se estais sem disciplina, da qual todos são feitos participantes, sois então bastardos, e não filhos. Além do que, tivemos nossos pais segundo a carne, para nos corrigirem, e nós os reverenciamos; não nos sujeitaremos muito mais ao Pai dos espíritos, para vivermos?” Heb 12; 5 a 9
Então, apesar de alguns “pais” espirituais se apresentarem, parece que essa prerrogativa é do Próprio Deus. Qualquer que se puser em Seu lugar, por mais doce que pareça, é mero usurpador, blasfemo.
Segundo Cristo, a característica dos últimos dias seria o esfriamento do amor, e a multiplicação da iniquidade; entretanto, nunca se falou tanto de amor como em nosso tempo… Se alguém muito importante devesse comparecer em determinado evento, caso não viesse, sua ausência geraria mais comentários que uma eventual presença. O vero amor é mais discreto, atuante, que, discursivo, espetaculoso.
“Quanto mais sublimes forem as verdades mais prudência exige o seu uso; senão, de um dia para o outro, transformam-se em lugares comuns e as pessoas nunca mais acreditam nelas.” ( Nicolau Gogol )
A geração atual, em ampla maioria, prefere o sentimentalismo que ferir a autoestima; daí reputa como certas todas as escolhas; a menor correção geraria uma crise de abstinência ao ego, então, burlam os monitores, do bom siso e da consciência, e distribuem suas drogas emocionais, que vão levar seus “amados” à morte eterna.
“Só eu tenho o direito de corrigir, pois só pode castigar aquele que ama.”
Estágios de amar
Nas vias do amor latente,
lutamos sem ter escudo,
seletivos na embalagem,
confiantes no conteúdo.
Sentimento asfixia a verdade,
depois, o fundo da caverna,
amamos na tempestade,
na calmaria, o barco aderna.
Iludimos a sina pobre,
escalando montes belos,
o amor tem um quê de nobre,
ao menos, constrói castelos.
Mas, ao baixar a bruma,
restam pesados passos,
e uma estranha lacuna,
vazio que não deixa espaço.
Cronos, delega experiência,
mas chega com certo atraso;
na aurora da sapiência,
vigor ruma ao ocaso…
Insensatez
Eis um poema de nada, que o niilismo persegue,
Um poeta falido, erudição, o que consegue.
Entregue a um sopro não criativo,
morto-vivo, zumbi da arte,
descarte, pois, o que ele fez.
Cuspiu em muitos jazigos
e até no que está vivo,
puro arroubo, insensatez…
Eis um vazio que enche, contingente que persegue,
ausência, cacos ao vento, o que consegue.
Obelisco pretensioso não criativo,
inerte, ativo, êmulo da arte.
A parte que ele fez,
foi pichação em jazigos,
mostrando que está vivo,
dizendo, viva! insensatez…
Eis uma falta de veia, mesmice persegue,
peso, engendrar desprezo, o que consegue.
Morto o dígito criativo,
motivo fúnebre, a arte,
monstruoso o que fez,
mijou vários jazigos,
ante a mídia, ao vivo,
loucura, insensatez…
Serão noites inteiras de escuridão, pessoas sem saber pra onde irão. A chuva que cai e inspira cada linha no papel, a geração sem projeção sem conteúdo, lunático gritão por sangue como se não fosse o bastante, guerras que o único troféu é o reu o rei o que tem mais poder faz todos os outros corre, evolução de prédios e queda livre do coração.
Enchi meu copo até a morte, bebi a procura da felicidade ouvindo xamã fui pra outra cidade, viajando em cada som em cada dose quente do conhaque. Tô vivo não tô vivendo!
Olhei pro espelho e não me reconheci, voltei pro início e me surpreende não sei por que vivo não sei porque estou aqui
A depressão me derrubou em uma esquina escura, o lado claro da lua que era minha inspiração agora é a parte escura.
Tudo passa, tudo sempre passa. Seja persistente em tudo com força e vontade, quando se tem coragem e força pra seguir as dificuldades iram sumir.
Sempre tem aquela pessoa que a gente abraça e não que solta mais... Pena que a gente gosta tanto a ponta daquela pessoa não gosta mais de você.
Desça vez não vou rima, eu só vim te fala que amor aqui por você já não há. E eu nem sei explicar mas você me fez cansar.
Nunca busquei aceitamento de ninguém sou assim se gosta bem se não bem também. A opinião pública não me interessa!
Você se acha melhor que o outro, mas todo mundo é igual por dentro. Reflita hoje você está por cima amanhã pode está em baixo!
Já ouvi palavras que machucaram mais que uma facada, já passei por situações mais dificies que a própria morte. Mas sigo rindo o que não nós mata fortalece!
E em meio a tanta gente você se senti sozinho, olha para um lado e para outro mas não encontra o caminho. Aquela mina que cê amava se foi te deixou sozinho, tenta encontrar outra pessoa mas é com se estivesse sozinho em seu próprio mundo me sinto sozinho!
As noites ficaram insuportáveis sem álcool, as vezes um abraço é tudo que precisamos. Á pessoas que você ama ou pelo menos ouvir um "vai ficar tudo bem"