Léo da Silva Alves
Esse abismo que divide os brasileiros um dia será preenchido pelo amadurecimento do eleitor e pela ética na política do meu País.
O valor de um candidato mede-se pela quantidade de votos; o valor de um estadista mede-se pela régua do caráter.
A paz começa no coração, afirma-se no lar, estende-se às ruas e se consolida nas relações com o povo e o mundo.
Nenhum governante será digno do cargo se não tiver a prioridade da erradicação da miséria. É a partir dessa ação que a paz se estabelece, a sociedade se organiza e os países se desenvolvem.
Se a noite for longa, aproveite para olhar estrelas. Se for demasiadamente escura, espere o clarão da madrugada. Em qualquer circunstância na vida, encontrará a luz.
Os homens públicos devem servir ao povo como o soldado serve a pátria, como o sacerdote serve a Deus.
A advocacia ainda brilha nos meus olhos; não para a defesa da iniquidade, mas para a afirmação da justiça. O país precisa que as leis sejam cumpridas na exata medida em que foram feitas, sem favor a uns, sem sobrepeso a outros.
Para mim, assumir a tribuna em um julgamento é um momento especial. Parece que é na voz que o direito ganha vida. Deixa a frieza dos autos e se transforma em emoção. O processo, que era um número, algo artificial, passa a ter rosto.
Nem sempre as soluções são as melhores e se pode dizer que os tribunais também praticam injustiças. Mas, enfim, é ali que o direito vive, com os seus valores e as suas imperfeições.
A cidadania não pode ser reduzida ao número de CPF e ao registro na Justiça Eleitoral. Os cidadãos, em uma sociedade verdadeiramente democrática, são os protagonistas da história do seu país.
Quanta gente com mãos aparentemente limpas e unhas em aprumo é incapaz de semear um gesto de bondade? E o que dizer daqueles que, com sapatos de couro nobre, emporcalham palácios com a mentira, a desfaçatez e a corrupção?
Há lugares no mundo em que pessoas perderam o emprego, o teto, a mesa, a comida, a família e a própria pátria. É dever humanitário cuidar dos que, pelo menos, ainda não perderam a esperança.
Não se governa com ódio. O coração do governante deve ter um cemitério, no qual ele sepulta todas as injustiças. O homem de Estado governa com amor à pátria, com respeito às pessoas, com obediência às leis, com equilíbrio emocional.
Os juízes não decidem processos: decidem a honra, o patrimônio e a liberdade de alguém. Se escutarem, perceberão nos autos um gemido de dor, que pode ser da vítima, ou um apelo de esperança, que pode ser do inocente que clama por justiça.
Eu sempre tive sede de poder. De poder ajudar. De poder chegar junto. De poder estar ali, na hora em que for preciso.
A praça é do povo, disse Castro Alves. O poeta não disse que a praça é dos larápios, dos psicopatas institucionais, dos vendilhões do templo e negociadores da pátria.
Se navegar é preciso, sonhar também é. Ora com o peso da incompreensão, ora com o ceticismo, com a incredulidade dos que não sonham e não fazem.
Acreditar é a primeira regra do resultado. Não teríamos luz elétrica, rádio, avião e tudo o que a modernidade oferece se por trás não estivessem os teimosos que pensaram e fizeram.