Laura Cadaval
Ela era tão intrigante como um quebra cabeça, porém tão complicada como o mesmo.
Ela era doce, mas conseguia ser amarga, como se sempre tivesse sido.
Ela era serena, mas conseguia tirar tua tranqüilidade, com apenas um olhar.
Ela ia dum extremo ao outro, com uma naturalidade sobrenatural.
Mas ela era linda, era sempre linda.
A dor.
A dor, tão bela,
silenciosa, inquietante,
tão sedutora, e tão simples.
Tão poética.
Dor é mentira,
é a raiva que tira o sossego,
a raiva que quando negada, é patética.
Dor, também é amor.
É traição;
Dor é rancor,
e também, atração.
Causar dor,
é de longe mais simples que fazer sorrir.
A dor te toma a lucidez,
e a magoa, passa a lhe cobrir.
A dor é exitante, degradante,
é envolvente, doente;
É o vazio da alma, que anseia por um ser.
É o pequeno desejo, de algo, ter.
É a cegueira da mente, clamando por ver.