Larissa Portinai
Valorize apenas os bons momentos, os maus momentos são curriqueiros fazem parte do nosso dia a dia mas não devem ser considerados.
Estou deslocada, estou em mundo em que tudo está sendo cada vez mais falso cada vez mais frequente. Sinto saudades daquele tempo em que tudo era mais valorizado, principalmente as pessoas. Os abraços, beijos e carícias eram verdadeiros. Não existia essa história de computador, celular, acessíveis, era mais fácil, pois não havia essa coisa de traição e falsidade tão normais.
Atualmente, todos se tratam como lixo, como animais, não há aquela coisa de amizade ou amor, muitos não acredita mais nessas coisas de amor, é isso mesmo que ocorre no mundo atual. Certo dia estava conversando com minha professora e ela disse "Vocês fazem parte de uma geração que mais dizem eu te amo de forma falsa, nunca vi pessoas mais falsas do que vocês atualmente, é realmente assustador.".
O pior de tudo isso é que entre tantas pessoas falsas e vazias, existem, ainda, pessoas que são o contrário disso, mas, ficamos tão preocupados em nos "esquivar" de pessoas ruins, que quando uma pessoa que realmente nos quer bem nos quer fazer feliz, as tratamos mal com medo de ser totalmente o contrário do que ela aparenta ser.
Ela sabe me definir, ela sabe me provocar, sabe que tenho uma quedar por isso que ela faz. Seu jeito de moleca é fascinante, mal sabe ela o quão é apaixonante. Seu jeito de dançar e rebolar pra mim é de outro mundo.
O sorriso dela é a coisa mais linda que já vi o modo que ela deita a cabeça no meu colo quando está com sono, e o jeito de criança que ela faz quando me pede algo. Ela é meu bebê, meu porto seguro, minha companheira de risadas, e o que sentimos uma pela outra vai muito além de atração "carnal" é algo que define amor.
Nossa amizade, nossas brincadeiras é algo nosso que ninguém precisa saber, não sabemos definir o que sentimos, apenas brincamos e somos felizes sem ninguém saber disso. Somos assim, bobas e felizes, uma apaixonada pela outra. Acho que não seríamos tão alegres se fôssemos assumidas para o mundo, somos assim bobas tão apaixonadas pela vida e pela nossa circunstância. Pode parecer enrolação, baboseira e coisa e tal, mas eu amo essa situação.
Joguei os maus pensamentos ao vento, deixei apenas as coisas boas pairarem sobre e dentro de mim. Esqueci as coisas ruins, porque elas não me fazem bem. A partir de agora só quero coisas boas pra mim, não vou dar importância às pessoas que só querem me ferir, também não faria nenhuma vingança a quem me fez mal, pois o tempo irá se carregar de fazê-la pagar por todas as coisas ruins que fizeram à mim. Fiz o jus à famosa frase: “Pendurei minha alma no varal e deixei as coisas ruins evaporarem.”
Só irei escutar e dar valor a tudo que eu gostar e que me faz sentir bem. Farei as coisas que sempre gostei de fazer, as quais não fazia porque tinha vergonha de tudo e do mundo. Vou parar de me esquivar de fazer as coisas pensando no que irão dizer de mim, porque quem só pode me fazer bem sou eu mesma e não os outros e as coisas que eles dizem de fato algumas fazem bem, mas não plenamente como eu mesma me faço.
Irão me perguntar o porquê da minha mudança, e eu simplesmente direi que decidi me dar mais valor, porque primeiro eu tenho que me considerar e depois vêm os outros, tem que ser como diz a citação: “Primeiro lugar eu, segundo lugar eu, terceiro lugar eu, depois vem os outros.”. Temos que entender que a coisa mais importante tem que ser nós mesmos, porque se a gente não se amar, se cuidar, se preservar, quem fará isso pela gente? Eu não mudei, só deixei de ser besta, entendam.
Deixei tudo para trás, e essa decisão doeu, mas me fez muito bem. E quando me lembro de tudo que fiz, sinto orgulho de mim e de tudo que passei emocionalmente, até hoje sinto como se fosse a melhor decisão que eu tomei. Eu não mudei, comecei a cuidar de mim mesma e deu nisso, uma pessoa melhor e mais feliz. A sensatez tomou conta e me fez bem.