Larissa Nascimento
Desabando em lágrimas
Nesse momento
estou desabando em lágrimas
Sempre choro,um choro noturno
que me abala
causa em mim forte impacto
O impacto da solidão
Que conheço de perto
A vida permitiu que
a conhecesse
Rios de Lágrimas
sem motivos reais
Durante o dia coloco um sorriso
no rosto ,escondendo
os meus olhos negros tristes
Oh que cais noturnos
Tristeza delirante
Que me revela
grandes pensamentos
cenas da minha vida
durante o dia
coisa que queria modificar
saiem em forma de lágrimas
Vistas lentamento
em minha memória
Estou desabando em lágrias
Desabando em lágrimas
Mesmo ao Olhar de um singelo horizonte, mesmo me alimentando de sorrisos e quase morrendo envenenada pela falsidade da maioria deles, ainda me vem a memória as coisas que me dão esperanças, como o laranja do por do sol e o amarelo do campo de flores
Me lembro do quanto você é importante para mim e como foi lindo sua partida, sei que o mundo dá voltas e que ainda é cedo para despedidas, tento ser acordada todas as manhãs por o raio de sol que entra pela frecha de minha janela, mais até esse raio muda de posição, estou sentada na cama mais não tenho animo para deslocar ela para nenhum canto, bom isso já não importa.
Não ter você aqui é como não ter o sorriso que me alimentava, era simples seu sorriso, era calmo, e também era fonte de energias, não como barras de cereais, mais sim como inspiração para um novo dia.
O que me resta é sentar me e encostar minha cabeça neste móvel, onde por mais um dia tomo mais uma xícara de café, não o café que você fazia, mesmo assim um café quente para um dia como esse, e ao ler um bom livro, mesmo com pausas tento a olhar para o horizonte e ver o sol nascer, num crepúsculo laranja, entre o campo de flores amarelas.
Em meio a turbulência, fecho os olhos, vejo um bom livro, uma taça de vinho, uma lareira e neve lá fora.
Em meio as lágrimas, fecho os olhos, vejo um campo de flores amarelas, uma árvore e um banco de frente para o lago, outrora congelado e sem vida, posso ver os peixes pulando e se alegrando ao som do velho violão.
É como serenar, na seresta e ser quem fora ser mesmo que não seja fosse, ser impulsionado positivamente pelo próprio ser chamado pelo quem chama de meu, seu ou nosso, existir ou co existir? Prefiro redimir minha indagação com palavras pulcritas de um ser vivente chamado eu.
Me sinto num vácuo eterno de suas palavras inundada na imensidão de sua ausência, incumbida de excelência plena mal correspondida, vazando me por entre os dedos, atormentando me por entre as vigas, basta um som e o silêncio se finda, meu coração renasce e estremece meu âmago de amores reprimidos na falta vossa.
"Alegrar me ao contagiar te, cautelosamente calculei os movimentos frios de um dia quente. Reneguei a mim, instrui a ti e esmiuçamos nos."
A luz que procura transcender em detalhes, vislumbrar se á em dias, cores e amores. Deleitará a salvaguarda no guarda chuva de empoderamento.
Ontem a noite não foi fácil, chovia muito, tanto ao ponto de desmoronar telhados e sonhos, ontem chovia, hoje amanheceu com cara de ontem , eles , os alunos , tristes deitados adormecem, ignoram o comando do trabalho apontado pela professora, vale ponto, vale nota, mas a vida lhe tiravam alguns níveis, logo nada vale a pena, que pena, o melhor só pode ser construído agora, mas a geração de construtores.... . . Dorme
*Negro*
*(Larissa Nascimento)*
Alma, essa alma não tem cor
Se fosse feita colorida
Não saberia procedência
Muito menos sua dor
Lá de longe vem forçado
Cansado, açoitado
No lombo as marcas da escravidão
Até hoje resultados de traição
Na escola é neguinho
Lá na vila malandrinho
Queria eu que o menino
Respeitado fosse, mais amado fosse
Independente de seu pecado
Independente da sua cor
Alma, essa alma não tem cor
Se fosse feita colorida
Não saberia procedência
Muito menos sua dor
Consciência é bom senso
Nem que fique meio tenso
Mortos foram por resistência
Um pedido de clemência
Sanando sua dor
Então os trate com respeito
Sua história, sua vida, sua luta
Bem guardados no peito
Em meio a força bruta
Já que sabe da história
Se é negro não fique sem jeito
Quando vê o Negro sendo Negro
RESPEITO
Negro, Negro, Negro, mil vezes Negro
Alma, essa alma não tem cor
Se fosse feita colorida
Não saberia procedência
Muito menos sua dor
Cada Ser é um universo, as vezes inverso do avesso do esperado por outros universos que nos cercam, somos cada qual no seu distanciamento de si entregues ao contentamento do outro, simplesmente pela ousadia da existência.
Será a Esperança um dos males da humanidade? A espera adoece o corpo e corrompe a alma, impedindo o espírito de agir.