Larissa Camila Gonçalves
Certeza
Olhar ao infinito
E não saber se há certezas.
A única certeza que tenho
É que amei.
É, sim, amei.
Amei, gostei, cantei,
Chorei, gritei, pulei.
Vivi e senti cada emoção
Da forma mais intensa possivel.
Até que cansei.
Tomei.
No cú ? Talvez.
Mas uma expressão menos forte
Seria Ciência.
Tomei ciência.
Mas não de algo que não sabia,
Mas de algo que não conseguia aceitar.
Cansei de correr, sofrer, não ver,
Não ter, não saber, não poder,
E o pior: Não ser, não viver.
Entreguei todos os dias e lembranças que me acompanhavam
Ao acaso,
Como algo que não deve ser remexido.
Juntei cada segundo que
Me fazia ver o dia mais sombrio
Como o mais lindo, mas também,
Juntei todas as horas incessantes
Que me faziam sentir a mais
Terrível angústia da incerteza
Que me tirava toda alegria de viver.
Então vivi!
Sorri, senti, morri, sim,
Morri, mas vivi!
A certeza?
Portas só se abrem e só se fecham
Por seus respectivos donos.
Há momentos em que precisamos
Morrer, e então, nascermos
De novo.