Lariani Brito
Mantinha a certeza de que o que quer que seja que estivesse por vir seria melhor do que a vida que levara trancafiada dentro de si própria.
Não fica assim, pequena Sophie. Bem sabes o quanto me dói vê-la chorar. Limpa estas lágrimas, calma-te menina. Dar-te-ei meu abraço.
Seus olhos cor de mel ofuscariam o brilho de qualquer estrela que ousasse brilhar naquela noite. Ela havia libertado-se de seu próprio pesadelo.
Sem pressa, contrariava o movimento das nuvens, que moviam-se em ritmo acelerado. E com um sorriso de orelha a orelha estampado em sua face ela prosseguia.
Caminharemos sem pressa pela estrada vazia de paralelepípedos em direção a nossa casa, relembrando nosso dia, e sorrindo, enquanto dividimos um algodão-doce cor-de-rosa.
És notável. És iluminada pelos anjos do céu. És amparada pelo mais sincero amor. Não tens porque sofrer assim, pequena.
Permanecerei ao teu lado pelo máximo que me for possível. Pegue minha mão, olhe em meus olhos. Vê agora o quanto eu te amo, minha pequenina?
Eu te amo nos mínimos detalhes. Amo teu sorriso, amo teu corpo, teu cheiro, teus olhos, tua boca, teu jeito. Amo muito tua voz. Amo muito teu tudo.
Teu sorriso, teu carinho e tua doçura, meu amor, fostes o presente mais puro que a vida concedeu-me para compensar o sofrimento de um passado tão amargo.