Lara Oliveira
Não há como lidar com quem revira suas gavetas e risca suas paredes com seu nome para no dia seguinte partir sem pressa e com um sorriso no rosto te acenar na rua. E eu vou acenar, vou até perguntar como está, e eu estarei bem. Sempre estarei para vocês, muito bem, feliz, e sorridente. Não que seja sempre verdade, mas ninguém precisa saber. Nem ao menos eu. Porque eu também tenho meu lar desarrumado de todos que passaram, querendo ou não minha parede já está meio colorida, o preto desbotando e talvez brote uma cor. Qual cor? Não sei, tô pensando em passar a segunda mão só pra me fortalecer.
Eu me sento á beira do mar aberto
Observo cada onda solitária, cada uma por si só.
O lema dos três mosqueteiros não se adapta à elas.
Logo depois de limpar as lágrimas mornas e salgadas que molhavam meu rosto
Eu vejo que sou uma onda.
Uma vez você me disse que a gente só dá valor quando perde, e só agora eu vejo que isso é verdade, pois eu te perdi e estou aqui sofrendo como uma tola.
Isso está me matando,a cada dia que se passa eu morro mais um pouco,eu só queria que de alguma forma,você me perdoasse e voltasse para mim.