Lalinha Brito
Gostaria de ser uma poetisa
Mas poetisa jamais poderei ser.
Poetisa tem o dom de pensar em tudo
E o meu pensamento, só paira em você.
Não te dou uma poesia,
Porque não sei escrever.
Mas te dou meu coração de menina
Que berra: Eu amo você!
Não peço nada em troca.
Mas sei que me darás.
Pois o seu coração de mãe,
Foi feito para me amar.
Obrigada por me gerar em teu ventre
E fazer com que eu sinta o sopro da vida
Não consigo, por mais que eu tente,
Deixar de ser a tua menina.
Não quero que tu me ames, pelo meu querer.
Não quero que venha a mim, pelo meu querer.
Não quero que me beije, pelo meu querer.
Realizas o que tu queres, e só assim saberei se o teu querer, é mesmo meu querer.
Talvez você não queira ouvir minha voz;
Talvez já tenha compreendido tudo em meu olhar.
Talvez você odeie a ideia “NÓS”
Ou talvez, seja o medo de me amar.
Quem sabe quando sua boca diz, não!
Seu coração já tenha dito, sim!
Quem sabe se o friozinho que sinto, quando pega em minhas mãos.
Seja reflexo de um coração apaixonado batendo em mim.
Quem sabe, estes desejos são apenas alucinações;
Ou talvez o início de um amor, entre dois tímidos corações.
Confio-vos, confio-me.
E é confiando que somos a confiança, que digo:
Confiar não é apenas dizer EU CONFIO!
É deixar-se abandonar na promessa de alguém confiante, em que tanto confias.
O que me torna um ser humano?
Vestir roupas que estão na moda?
Dançar músicas com tamanha vulgaridade?
Ser formada em medicina, arquitetura ou em direito?
O que me torna um ser humano perfeito?
Uma simples aula de etiqueta?
Vestir máscara de fulana boazinha?
Ou sair na rua, dizendo que creio em Deus?
O que me torna um ser humano? O que me faz ser eu?
Dizer mentiras, para ser bajulada?
Fingir que amo, para ser amada?
Não ser ninguém, apenas uma máscara!
A mais formosa entre as mulheres, a mais bela criatura.
De Jesus fostes a mãe, mesmo sendo virgem pura.
Teu coração imaculado, de espinhos coroados,
Sofreu grandes aflições, e teu refúgio era as orações.
A tua crença num Deus pleno, fez-te gerar o teu pequeno.
Grandes lutas e vitórias,
Estão presentes em tua história.
Herodes, o teu mal queria;
Mas o desejo dele não se cumpria.
De tirar-lhe dos braços o Menino Jesus.
Que ao nascer, nos ilumina com Tua luz.
Mãezinha que O ensinou a falar,
Que os primeiros passinhos, enxergou-os ao dar.
Mãezinha que viu o Cristo viver, e por nossos pecados numa cruz morrer.
Mulher que entre tantas, de Deus foi a escolhida;
Para gerar ao Senhor, que é a origem da vida.
Menina que Deus chamou à ser mãe sua.
Preservou-se Senhora, Virgem e Pura.
Amor à Língua Portuguesa
Em meio tantas palavras belas
Não encontro mais sinceras
Que expressam a beleza
Da minha Língua Portuguesa.
Em meio tantas palavras belas
As que me impressionam são aquelas
Reveladas em oração
De um triste coração.
Em meio tantas palavras belas
As que mais uso são elas:
Estou bem, estou feliz,
Mas isso, somente a boca que diz.
Em meio tanta palavra bela
A Língua mais amada é ela.
As palavras de tamanha riqueza
Vem da minha Língua Portuguesa.
Deixe-me só, por um instante.
Deixe-me curtir esta solidão.
Deixe que eu respire esses novos ares,
E assim voltar ao tempo bom.
Diferente de ontem que me sufocava,
Dessa eu necessito, me acalma.
Não pesa e nem dói, liberta a alma.
Já doeu, já sofri.
Mas lutei e sobrevivi.
Agora vá e não olhe para trás.
Hoje nada tirará minha paz.