Laissa Loraine
Feito tatuagem eu gravei você em mim, e te juro, essa "tinta" não precisa de retoque, não sai. E eu não te coloquei no braço nesses lugares comuns. Eu te tatuei no peito, e acredite: feito tatuagem, doeu.
Já era a época que o Natal era algo verdadeiro e simbolizava os melhores sentimentos; hoje ele não passa de uma desculpa medíocre pra gerar lucros e pra fingirem que ainda existe amor.
Aproveite enquanto meu coração brinca nessa palhaçada de ter recaídas, faz tua peça em cima da minha fragilidade de não saber como esquecer (...)
É dramático mas vou dizer: não vai meu bem, fique mais um pouquinho. Porque tudo em mim, ama tudo em você.
Eu percebi que era amor quando aquela música melosa e chata, daquele cantorzinho mais chato ainda, tocou e eu pensei em você.
E é por isso que eu gosto de ficar em casa vendo minhas séries. Séries não te encantam e acabam, vão embora. Você sempre sabe quando será o último episódio.
E ele insistia: "o que quer de Natal"?
Mas eu teimava: "quero nada anjo, de presente já ganhei você.
Eles vivem bem menos que nós porque, o amor que levamos a vida toda pra aprender, eles já nascem sabendo.
Ele tinha cheiro de roupa limpa, e eu amava aquela camisa rosa, mas amava mais ainda quando ele estava sem.
Não sei porque mas, com ele eu tenho todos aqueles sonhos clichês de casar de branco e ter filhos. Com ele um cinema vira o programa mais empolgante do mundo, e a gente ri da falta de jeito um do outro. E quando toca aquela música no carro e ele começa a dançar, eu logo falo: "ainda bem que a nossa balada deu errado", só pra vê-lo dar aquela risada irônica mas que ele nem sabe que mostra suas covinhas, e Deus, que sorriso. Aí nessa hora eu penso comigo "é ali que eu quero morar".
Vez ou outra a saia é justa, mas com a fé larga tudo se equilibra bem. O segredo é não se deixar desacreditar.