LaiseFarias
Basta dizer...
Provar a uma mulher que a ama
Não é simplesmente bancar um louco
Se debruçar numa ponte e dizer
Que sem aquela pessoa não consegue viver...
Não é comprar-lhe um vestido importado
Mandar-lhe por correio com o seguinte bilhete:
“amo-te e te amarei sempre”
Sem ao menos vim dar-lhe um beijo.
Não é somente dar-lhe tudo que materialmente precisa
Mas sim dar-lhe carinho, amor e compreensão...
Provar a uma mulher que a ama
É você surpreender-lhe em casa,
Em qualquer lugar e dizer baixinho
Para que somente ela ouça:
Eu sou o homem de maior felicidade,
Por ter ao meu lado alguém como você.
Eu sou o homem mais invejado
Por ter comigo a flor mais encantadora de um jardim.
Eu sou o homem que mais tem motivos
Para sorrir, porque amo você que é minha alegria.
Eu te amo meu amor, Porque descobri
Que depois que te conheci
Minha vida tornou-se tão perfeita
Que sem a menor possibilidade de dúvida
Continuar com você
É o mais completo ânimo
De que preciso para viver.
Dilema
O dilema da minha vida
Descobri-o hoje.
Uma cruel dúvida no espírito curioso
Apossou-se e me fez querer saber
Com a avidez que um homem procura o oxigênio,
A causa que a tal descoberta me fizera chegar.
Expliquei que ao ler os símbolos que rodeavam minha vida,
Ao buscar de todas as maneiras compreender os simbolismos que me surgiam,
Ao indagar a mim mesma o porquê e a razão para tudo o que me sucedia,
Enfim, creio que por ter procurado assim,
Hoje tenho a graça de dizer o deleite que sinto em saber
Que meu dilema vital descobri.
Agora, os anseios que outrora existiam
Por causa do calor da dúvida palpitante no seio envergonhado,
Mostram-me maravilhados pela grandiosidade de um mistério revelado,
Que esses anseios já não existem,
Pois deram lugar à formosura do saber.
Anseio apenas por uma única e última coisa:
Deixe em mim a certeza de conhecer algo
Que é um segredo para os demais seres,
Mas que é uma fonte de paz, alegria e esperança
Diante somente de mim e de Deus.
Delírio noturno
Estou em algum lugar
A ouvir sozinha única e exclusivamente
O barulho do cair da chuva lá fora.
Não sinto absolutamente nada
Apenas uma calma e uma brisa gelada.
Neste momento, neste exato momento
A chuva engrossa e eu a ouço cair com mais força.
Sinto que essa é a forma que a chuva encontra de me dizer
Que não estou só.
Assim, continuo a pensar coisas sem sentido.
A chuva, então oscila a intensidade
Com que toca a terra e a minha face.
E confunde quem por ela espera
No sertão, o sertanejo, a pobre erva.
Igual é meu pensamento
Que muda... muda como o vento.
O que aconteceu, chuva
De repente ficaste muda?
Conte-me, o que ocorreu?
Se por um momento não oscilou como eu
Então algo errado você cometeu.
Não esqueça que estás comigo
E estou com você.
Prometemos estar sempre juntas
Em todos os momentos,
Lembre-se... em todos os momentos.
Mas o que é agora?
Ouço é o barulho do vento, não mais o seu.
Ele, o vento diz que está sofrendo
por você estar assim.
Quero saber chuva
Fales-me, o que foi?
Digas, senão dói e eu já não suporto sofrer.
Perceba, por favor, o meu delírio
Veja que sozinha clamo
Para estar com você.
Acredite, não mereço que me faça sofrer.
Assim, vão acabar pensando que enlouqueci.
Não quero amiga minha, isso pra mim.
Quero apenas a verdade
A amizade
A cumplicidade
É apenas isso que quero do mundo.
Porém não encontro
Por isso deliro durante a noite
Procurando e encontrando imaginariamente
o que não acho, em você.
Diz-me então chuva, se foi por quê?