Lafayete Araujo
Eu sou eu... e minhas contradições.
E o que sou é isso: um ser imaginado que luta para ser espelho do ser existido. Ou o contrário, sei lá.
Eu sou, sim, de certa forma, o que digo, e sou muito mais também...
Às vezes, sou menos.
Sou o que digo, sou o que faço e sou, em parte, aquilo que digo que faço (pq se não fosse nem um pouco do que digo ser, sequer conseguiria dizer)
Mas, sobretudo, sou mais. Tanto mais que mal posso imaginar. E vou morrer sem saber o quanto mais poderia ser.
Ainda que eu fale de amor...
Não saberei expressar o que esse sentimento representa...
Um encontro de peles...de lábios...de corpos...
De cumplicidade de almas...
Muitas são as indiferenças...mas maior é a certeza da completude dos seres...
Passam-se os dias, os meses, os anos...e um amor que um dia foi amor...nunca morre...
Apenas adormece...
Existem diferentes modos de amar...
E por isso o amor é cíclico em sua forma...
Se ama muito...
Se ama menos...
Se ama o suficiente...
Ainda que sofrimentos devaguem em meio ao seu caminho...
O amor é capaz de se regenerar...
Porque sentimento...como o amor...
É construto...e por ele tudo se edifica...
O amor...
Indefinido...
Incompreendido...
Mas simplesmente amor...
Que por sê-lo... basta...