Laerte Ciccone
(..)do valor que te dei, só me sobrou o desprezo. Desprezo agora que também sinto, não por revolta, mas por ter outras prioridades.
Oh! Alva que ilumina
A relva da minha vida.
Minha alma fulmina
A sua triste ida.
Tristeza que caminha,
Nesta vida minha.
Ilustre é o meu sofrimento,
Nada incomum neste momento.
Aspiro a ti toda alegria,
Que sua alma suspira.
Não é aquilo que gostaria,
Mas felicidade alheia inspira.
Bom alvitre é o que não disse,
Mas alguém o dirá.
Incomum é que fosse,
Aquilo que só me partirá.
Por que em ti insisto,
Se sei que de nada adianta?
Será só meu instinto?
Pra ti minha alma canta.
Por teu amor estou aos prantos,
Pior está o fogo da paixão.
Chorar não vou ficar aos cantos,
Dignos não são eles de meu coração.
Em outros amores vou procurar,
Aquilo que em seu rosto,
Não me deixou encontrar;
Nem sequer pude sentir o gosto.
Um dia descobri a verdade,
Nem por isso a aceitei.
Tudo enxerguei tarde,
Por isso muito tempo amei.
Perdi o que sonhava;
A sonhar continuarei.
Não foi o que esperava,
Outro amor não verei.
Parti-me em pedaços,
Enquanto a tristeza tolhia.
Não houve espaço,
Nos livros que lia.
Me inspirou a alma -
Quando o corpo chorava,
Tristeza tomava;
Prostrava enquanto amava.
Entre pessoas inteligentes, as alfinetadas são sutis – e não deixam de ser desagradáveis. Em meio aos ignorantes elas são chamativas, mas ao menos não se disfarçam em meio a semblantes e indumentárias.
Aquilo que um dia era o nosso futuro, hoje é o nosso presente; E amanhã, como um sopro, se revelará o passado.