Keyla Débora
A beleza da vida só está visível aos olhos que sabem pra onde olhar. E o verdadeiro amor, à aquele coração que ama sem enxergar.
Quando perceberes que és um poema, um soneto, e souberes que és música; Achegue-se a quem te saiba declamar e cantar
Eis que como um oásis me surge,
Um obelisco no vazio,
A saúde á uma vida doente,
Aquecendo meu corpo tão frio,
Pondo gosto em meu lábio dormente,
Regando-me de satisfação,
Me fazendo viajar
É tanta satisfação!!
E se te encontrar pelo caminho,
ou até mesmo no fundo de um copo,
sorrindo dentro do meu ultimo gole,
fingirei que não vi e nem, sequer conheci.
Eu sei, me seguirá e pensará em me ver voltar.
Desista!!
Fará peripécias em meu redor,
será envolvente como sempre, ludibriante.
Mas aprendi, ceguei, ensurdeci. Não morri.
Desista!!
Tentará me fazer tropeçar, difícil missão!!
Pois estarei flutuando, plainando rumo oposto à saída.
Apelará para meu coração, minhas lágrimas.
Não mais os tenho.
Desista!!
Também sabia que virias me perturbar,
Estive me preparando,
Tijolo por tijolo, unidos por carne pulsante.
Construí muralhas intransponíveis.
Desista saudade, desista!!
O PASSADO SEMPRE RETORNA!! Muitos vêm como histórias, alegrias, tristezas e pessoas. Por vezes quer se instalar novamente em seu presente. Quando traz coisas boas não tem porquê recusar sua permanência.
E eu abandonei minha raiz, abandonei meu eu, aderi a teu Eu. Me fez olhar outro horizonte. sofri, sorri, esqueci, venci... Mas você ainda está aqui.
AAAAH, VOLTOU... QUERES DERRAMAR NOVAMENTE AQUARELA EM MINHAS PÁGINAS PRETAS E BRANCAS? Que pena, as encontrou coloridas!! Mas vá ficando, sempre tenho lugar pra quem me traz alegria e prazer.
Monotonia Me Matando Muito Meticulosamente. Mostrando-me Maleficios, Minando Minha Mente, Manipulando Meu Morrer.
Ouço o assobio agudo que vem de fora,
vejo o mover das folhas verdes e amarelas,
percebo que o vento me faz tanta companhia,
incomodo-me com a ofegante respiração que não consigo controlar,
deparo-me com tanta algazarra, tanto movimento.
É tanto barulho que esse silencio faz.
Ela passava, seguia sempre rumo a seu esconderijo.
Lugar claro, com muitas vozes e muitas idéias,
frequentado por muitos e de todos os tipos.
E era assim, se mostrando que ela se escondia.
E com a ganância dos que tentaram escapar da rocha,
procurei por quem me libertasse da pior das prisões, a de um coração marcado e selado.
E o encontrei, trazendo em seus olhos brilhantes,
um sentido, uma razão...
As horas não mais gélidas, agora cálidas,
fazem com que viva cada segundo contado sem pausa
a espera do momento cotidiano em que chegas com um sorriso
meio que de menino sapeca, e me digas: Esperava por ti.
Quando chegastes,
meu desejo havia aumentado,
o corpo, um pouco regrado
a alma, como um bicho alado,
o sonho, ah o sonho!! nem de longe acabado...
Farei de tudo para que não percebas meu amor,
ali no cantinho,
te olhando, te querendo, me escondendo, te amando
Por várias vezes descobri a morte,
umas nas ruas sob o som dos bares,
em meio à alegria e luz dos peões
outras,dentro de mim, em forma de dor.
Tu feriu e espezinhou
com tamanha dimensão
que comigo deixou
pedaços de coração,
Ele agora está vazio
das emoções que vivi,
ficou duro, só e frio,
sem nada do que senti...
Procuro tanto me esconder,
que nem mesmo me acho
entre picos, cheiros e fumaça.
O vermelho misturado ao meu castanho esverdeado,
me mostra.
O amor é como o pensamento,
rápido como o bater de asas de um colibri.
se o perco, nem adianta tentar recuperar,
pois não será mais o mesmo.
E se voltares a minha porta,
crê: é melhor esquecer.
A saudade está morta,
será nada mais do que prazer.