Kelly Melo
Atou as minhas mãos e os meus pés
Prendeu-me em uma jaula sem grades
Sugou de mim o que era mais belo e bonito
Preencheu-me de desprezo infinito.
Apagar de mim um eterno amor
Eterno cheiro de aconchego
Eterno olhar de ‘’que te quero’’
Eterno pensar de logo estarei ai
Eterno sonhar que para ti vivi
Eternos trejeitos que só você tem
Eterno falar que mal me faz bem
Eterno andar que de longe ‘’invem’’
Eterno parar que sem força contem
Eterno chegar que demora e enrola
Eterno sair que me deixa sem hora
Eterno lutar por quem é e será
Eterno cansar pelo que nunca mais verá.
Eterno é aquilo que parte de mim se torna
Eterno é de mim, quando eu fui embora
Eterno é pensar que um dia estarei ai
Eterno é lembrar que um dia estive ai
Eterno é querer você
Eterno é ter você
Eterno é não te querer querendo
Eterno é não te ter te tendo
Eterno é você ir pra logo mais voltar
Eterno é pensar que um dia eu vou estar
Eterno é saber que esta bem
Eterno é saber que quero te ver bem
Eterno é a confusão de que te escrevo
Eterno é a razão para que te escrevo
Eterno amor que por ti carrego
Eterno será se,
Como,
Com quem,
Você saberá.
UM LINDO AMOR PRA MIM UM DIA SORRIU.
MAS O AMOR NÃO É FÁCIL PARA NINGUÉM.
QUANDO SENTES QUE JÁ SABE, QUE AQUELA É A PESSOA CERTA,
O MUNDO SE VOLTA E TIRA-TE O QUE NÃO TEM.
MUNDO ESSE, BELO E VORAZ, UM DIA SÃO FLORES E OUTROS ONDES ESTAS?
CRIA-SE FORÇAS, SOLTA-TE DE AMARRAS
DE ONDE A VIDA TE PRENDE
E O MEDO TE AFAGA.
ONDE JAZ UMA PESSOA FELIZ E CONTENTE
HOJE SOFRE EM UM LIMBO CRESCENTE
MAS AMAR É ASSIM MESMO,
SORRIR, SOFRER, VOLTAR AO COMEÇO.
PRA ONDE IR QUANDO NÃO TENS MAIS CHÃO?
PRA ONDE VOAR, QUANDO ASA JÁ NÃO TEM?
ONDE MORAR, QUANDO SUA CASA NUNCA EXISTIU?
DE ONDE SAIR, QUANDO NUNCA SE PERMITIU?
UM LINDO AMOR, PRA MIM, UM DIA SORRIU.
Em minha garganta chora um gigante em dor
Agonizasse querendo para fora eclodir
Sufoca-me e crava suas ferozes garras
Como se a causa pudesse sumir.
Mas olhe bem Sr Gigante
Lutas para a dor não mais sentir
Mas não entende o seu amigo que tudo vê
Acha ele melhor saber do que sentir.
Interna em cantos que não os pertencem
Afunda em valas que (não) sabe o fim
Mas quando esse fim cai à tona
Basta a ele apagar as luzes e não se ferir.