Karla Verssan
Talvez pudéssemos descobrir, escrevendo várias frases, compondo várias canções, mas nunca teremos certezas absolutas, nada é absoluto. Absolutamente nada.
Se eu não vejo em todos, quero poder acreditar que, ao menos verei em mim e em pessoas nas quais acredito.
Embora eu me sinta cada vez mais sozinha, sempre mais triste, eu sou feliz. São fases, momentos. Não devemos, de modo algum, deixar-se abalar por isso, sempre terá um alguém que virá e do nada arrancar sorrisos do seu rosto.
Se todos soubessem pelo que passei, pelo que passo e pelo que passarei, não opinariam em nada e deixaria com que eu vivesse, e fizesse minhas escolhas, sem julgamento algum.
Talvez quem sabe, em um dia qualquer, em um instante qualquer, as pessoas saibam a real diferença entre ser e ter.
Conhecer pessoas é tão fascinante quanto viajar para vários lugares, ler diversos livros, dominar vários idiomas, isso porque embora tenhamos muitas atitudes e situações parecidas, cada pessoa tem um detalhe que me chama a atenção, observo muito e consigo retirar qualidades, qualquer gesto, mania, crença, enfim, é fascinante.
E, tenho a infinita certeza que isso não faz de mim uma pessoa melhor, nem pior que ninguém, mas estou extremamente bem. Assim dessa forma.
O processo de amadurecimento é algo extremamente valioso, mas há, os prós e os contras, só quem passa por ele sabe.
Eu não levo jeito com as palavras, tampouco tenho esse desejo, muitos conseguem explicar várias coisas acerca do universo, mas sentimentos não dá para explicá-los, e mesmo que o faça, perderá a essência do sentir.
E hoje, está um dia estranho. Nublado, com chuva, faz frio, talvez seja a tradução de como meu coração está... Hoje num exame de rotina, deveria ter solicitado que ao invés te retirar meu sangue, arrancasse meu coração, talvez ficasse melhor assim. Talvez.
De tanto tentar fugir de mim, nem sei quem sou, muito menos aonde vou, vou seguindo, fazendo umas maluquices aqui, outra acolá... Quando eu menos esperar, tudo de ajeitará ou ficará desarrumado duma vez.
Eu estou pelo avesso, talvez esse avesso seja o lado certo, embora esse certo seja incerto, não mais me conheço, sinto falta de mim. Um dia, quem sabe, eu possa me reencontrar. Um dia.
E, justo eu, "eu" mesmo que pensava que sabia, quando realmente sabia que não sabia. Meio estranho entender, é imprescindível que haja uma reflexão para que possamos nos compreender, mas há uma controvérsia, estamos sempre querendo entender o outro, como isso? Se ao menos, pudéssemos saber quem somos, quem seremos. Há apenas uma certeza, quem fomos.
Há sempre dois lados, um oposto ao outro, mas somente experimentando dos dois para saber qual o melhor. Mas essa audácia tem um preço, e como tem.
Sinceramente, sabe o que dói?
Dói saber que éramos felizes e não sabíamos.
Aproveite os momentos, para que futuramente
você não venha a frustrar-se novamente.
Simplesmente, você persiste num passado que já não volta mais. Acaba nada sendo igual,possa ser que, até fique melhor, porém, determinadas posições devem ser tomadas.
É preciso adotar rotinas que lhe façam bem.
Decida o que fazer com seus problemas, com suas alegrias, com suas decepções, com suas surpresas, não deixe que ninguém faça isso por você.
Até o maus momentos tem brilho, não de imediato, mas vibrará em algum período na sua vida, isso chama-se experiência.
E... Após dois anos, cá estou novamente, o engraçado é que os melhores momentos para escrever são os deprimentes.
Muitos fatos ocorreram nesses dois anos que me mantive longe, mas estou de volta para confrontar meus pensamentos, ideais, objetivos.
Saudade de escrever nunca faltou. Precisava conversar com alguém, daí escrevi meus problemas para mim.