Karine F de Carvalho

Encontrados 2 pensamentos de Karine F de Carvalho

⁠Após muito observar e viver,
sentir e escrever
Cheguei a uma definição (ou algumas)...

O amor é substantivo
E pode ser simples
Quando não se complica.
Mas também complexo
Quando não se explica.

Amor também é composto
Questão de lógica:
É preciso ao menos duas almas
Para seu sonhar ou exercício.

O seu verbo que é amar
Pode se tornar infinito
E não apenas se limitar
A ser e estar só, no infinitivo.

Ah, o estudante da língua sabe:
Amar também é verbo transitivo
quando exercita o apaixonar...
E intransitivo, quando não correspondido.

Seu objeto será direto
Se for amor declarado.
Pro objeto ser indireto
É preciso ser tímido, quase calado.

Se o sujeito for oculto
O amor não se consolida
Afinal seu exercício requer coragem
Ao menos uma vez na vida.

Quando o sujeito é inexistente
(ou iluminado)
O amor é coletivo e universal
Abarca tudo: é igual.

Se o amor for derivado, é fruto do cuidado.
Crucial é que ele seja próprio
Sem esse, os outros amores não sobrevivem
Nem eu, nem tu, ninguém nessa vida.

Vou lembrar que mesmo raro
o amor pode ser comum e de dois gêneros:
iguais ou diferentes (sentir, isso sim é caro).

Importante é cuidar pra que o amor
Não se torne de todo abstrato
Afinal, já se tornou líquido o bastante: isso é fato!

E eu que tenho delírios de poeta (ou arquivista)
Vou aqui fazendo meu papel
Que sigo à risca.

Sigo colecionando amores
De todas as classes e tipos
Como quem ama não a alguém
Mas sim ao amor: verbo e substantivo.

Guardo até amor não vivido
Os sonhados e perdidos
Os encontrados e vividos
Os idealizados e os esquecidos.

No fim, a história revelará
Se na pós-modernidade
haverá amor pra se amar
Estando ele tão raro
Em tanta gente, tempo e lugar.

Amor: verbo e substantivo
Karine Ferreira de Carvalho
@coisasdyka
@karinefcarvalho

Inserida por Karinefcarvalho

⁠Você me vê ao se ver em mim
Também me vejo nessa imagem
E nela ficamos bem

Misturamos nossas margens
Deixamos nos levar pelo que vem
Pra só depois, mais tarde, enfim
Sabermos quem é quem

Você me vê, eu sei
Não disfarço bem
Você parece ilusão
Mistério, timidez: não te vejo tão bem

Não conhecemos nosso abraço
Mas nele ficaríamos num laço
Poderia ser nossa toda a eternidade
O infinito e o que ele contém

E depois, viria, então, a vontade
De não ter mais ninguém...

Inserida por Karinefcarvalho