Karen Nascimento
Seja qual for à palavra que complemente a frase “ela é…” é equivocada. Nenhuma mulher é uma só, nenhuma mulher é isso ou aquilo. Todas somos muitas. E, por mais que se tente concentra-la em uma só expressão, adianto, nem 40 seria possível. E olha que 40 é número consideravelmente baixo. Toda mulher é o amor da vida de alguém: ela mesma. É pra ela que decide a melhor cor de sombra, batom, ou solta os cabelos volumosos. É para o espelho que troca as melhores caras e bocas, é nele que se vê e com ele que se entende. Se o cachorro é o melhor amigo do homem, o espelho é o da mulher. Toda mulher é sexy. Inclusive a beata, a caminhoneira, a colega de trabalho tímida, a chefe séria e autoritária. Todas têm sua sensualidade, todas têm o seu jogo de sedução, um estilo de lingerie e um jeito único de tirá-la. Toda mulher é um vulcão, em erupção ou não. Toda mulher é mãe, mesmo que ainda não tenha gerado filhos. Seu sentimento maternal aflora quando os amigos vivem desilusões, quando os namorados doentes precisam de cuidados. Toda mulher é EXAGERO. Toda mulher é uma “mulher maravilha” que vence diariamente os seus medos e a sua insegurança. Toda mulher não é uma. Toda mulher é plural. E é exatamente por isso que não há como prever as reações, julgar as decisões ou querer mal a uma mulher. Porque uma delas, essas tantas que vivem em cada uma de nós, é exatamente quem você procura. Ou de quem foge.