kamyla lima

Encontrados 6 pensamentos de kamyla lima

entre pistas confusas..
Não, não era tempo de amar, não era tempo de sentir. E eu me falei isso tantas vezes! Ainda assim não foi o bastante. E nunca o seria. Eu queria acreditar que o que sinto é uma grande bobagem. Talvez até seja, mas eu preciso acreditar nisso. Eu queria ser um pouco mais prática e simplesmesnte te tirar de mim. Não sei, mas tenho vontade de colocar meu coração pra congelar. Talvez, assim, ele esqueça essa mania de sentir demais. Será mesmo saudável se entregar assim? Eu que nunca me impedi. Eu que sempre adorei amores mal resolvidos, paixões proibidas e romances exagerados, estou aqui, implorando pra ser menos. Sim, eu quero ser menos intensa! Eu quero menos entrega. Eu preciso, só por hoje, esquecer o meu coração. Eu preciso não me importar com você. Eu já não aguento mais te ter bem perto e, ainda assim, não poder te sentir. Eu queria mais certezas. Chega uma hora que cansa e você percebe que não quer mais brincar de adivinhações. O abstrato já não é engraçado. Você não precisa ser o que meu coração deseja, mas você também não tem o direito de se fantasiar como tal. Eu já não aguento mais as tuas pistas confusas, os teus olhares que parecem querer me dizer algo.
Deus do céu! Talvez tudo isso seja uma mera invenção da minha cabeça. Talvez não haja pistas, não haja segredos, não haja mistérios. Talvez o meu coração esteja enganado. Sim, talvez seja isso mesmo.
Pena eu gostar tanto de você.

Pagando pra ver.
Há algo se manifestando em mim. E já era a hora. Tudo está, sim, mudando. Uma parte da estrada tá clareando. Uma parte do caminho já pode ser visto. Eu já sei bem onde estou indo e, principalmente, o que estou deixando pra trás. Só que muita coisa ainda é escuridão. Dá uma sensação de desespero e, ao mesmo tempo, euforia. Você está caminhando, um passo atrás do outro. O coração quer ir mas são muitos os motivos que o fazem querer ficar. O que ele não entende é que as escolhas são realmente escolhas. Não há meio termos: é isso ou aquilo. E essa pergunta é jogada ao coração sem dó nenhuma. É um banho gelado na sua alma que ferve suas dúvidas num "banho maria". Você não tem o poder de ir e voltar de onde parou se, por um acaso, não ficar satisfeito.

Arriscar. Às vezes dá certo, outras não. O coração pesa e não sabe pra onde ir. De repente, vem aquele espírito aventureiro que diz: "Eu vou pagar pra ver!" E lá vai ele. Quando menos se espera, ele sente um lado pesar mais que o outro. E então, ele percebe que, ao pagar pra ver, uma metade dele ficou no meio do caminho e que ninguém é, ao todo, aventureiro. Há sempre uma parte da gente que sofre, enquanto a outra sai de braços abertos para receber o mundo. É sempre assim. E você apenas faz uma escolha, não importa qual. Um dia você vai sentir falta, de uma ou de outra.

Então, vai em frente com as tuas escolhas. Ficar pesando os prós e os contra é uma tremenda crueldade ao coração. Vai e "dá de cara" com o inesperado! Esquece essa de: conforme as probabilidades.Tolice! Quem disse que tudo deve sair como o planejado? Muda o rumo da tua história e no fim, só você vai saber se valeu a pena estar lá, naquele momento. Você, mais ninguém, vai poder saber se foi a escolha necessária.

Eu? Eu tô pagando pra ver!

Um Ir-e-Vir
Qualquer dia desses, eu juro, eu me levanto da cama, visto a primeira roupa que vier e saio lá fora sem alguma coisa pra fazer. Não vou pentear os cabelos, colocar maquiagem e, muito menos, carregar os planos na cabeça. Se você me perguntar onde estou indo? Não sei dizer. O que vou fazer? Eu não preciso saber. Vou caminhar e minhas palavras cairão pelo meu bolso rasgado. E, então, você vai conhecer minha verdade!

Ao menos uma vez, eu preciso sair sem um motivo. Eu nao vou à padaria, não vou à farmácia e muito menos à academia, embora eu precise. Eu não quero um endereço, não quero um destino, não quero um lugar pra chegar. Eu só quero andar. E, por favor, não me pergunte que horas vou voltar porque eu morro de preguiça de voltar na hora marcada. Eu morro de preguiça de estar pronta no horário, de vestir a roupa apropriada e de usar a mesma cara. Sim, eu tenho várias caras, acredite! Acho um tédio sorrir o dia inteiro e estar sempre preparada porque, na verdade, eu quase nunca estou preparada. Eu sou insegura, estranha e muito paranóica! Imagino cenas absurdas, problemas mal resolvidos e, mais grave, gente esquisita ao meu redor. Penso demais que às vezes fico sufocada. Sou cheia de dúvidas e detesto ser pontual!

Parágrafo único: Gosto quando chegam mais perto mas, por favor, não fique lá plantado por muito tempo. Eu preciso de tempo, espaço e liberdade!

Não pise no meu calo se você achar que não vai aguentar o tranco! Não me idealize! Não seja estúpido! Eu preciso que você me deixe ser, embora eu também goste de um pouco de pressão. Nao a ponto de me deixar louca ou, se quiser, vai fundo. Talvez você goste, mas isso não é garantido! Na verdade, tudo o que sou se resume em contradição.

teu sorriso me prende à você.
Já era tarde e eu senti saudade do seu sorriso. Alguém já se apaixonou por um sorriso? Alguém, pelo menos, acredita que isso seja possível? Eu não acreditava. Não são dentes brancos, perfeitos numa estrutura dentária de causar inveja. É bem mais que isso. Tudo tem a ver com a pequena contração na barriga, com o corpo um pouco curvado e com os olhos quase fechados. É um brilho no olhar, como se fossem lágrimas. É a boca aberta sem discrição, sem vergonha e sem malícia. É o jeito tímido que escapa. É o abstrato. É aquilo que misteriosamente chama toda a minha atenção. Sem exageros. Sem anormalidades. Sem ser estranho. Mas que, de uma forma ou de outra, me toma completamente. E então eu fico atônita, parada. Alguém me cutuca e eu pareço acordar de um sonho. Um sonho que constantemente vem abusar de mim. Não é a piada. É o sorriso, o dele. É o suave movimento das maçãs do rosto que se adequam àquele jeito apaixonante. Como pode ser assim? Era tarde, os minutos não passavam e mais do que lembrar do seu sorriso distraído, eu lembrei do jeito tímido em que te olho numa troca boba de palavras. Você se aproxima, chega pertinho e eu te olho como quem tivesse prestes a mergulhar. E eu bem sei que o quero. Eu tento disfarçar, mas não dá. Eu sinto a tua pele e num gesto discreto deposito todo o meu coração, bem ali, na sua frente. Eu não sei como acontece, como funciona. A verdade é que encontrar-te já não é o bastante. É o teu sorriso que me prende à você.

Desde que eu te tenha por perto.
É tão estranho te olhar e vê ali tudo o que eu sempre quis. Teu jeito de falar pelo canto da boca. Tua cara de preocupado quando algo parece ter perdido o controle. Sentir teu sorriso vibrar meu coração. Você não percebe, mas meus olhos percorrem sem demora por todo o teu corpo como se tivesse que ser meu. Basta saber que você está por perto e eu já sinto meu coração sufocado como se algo quase me fizesse perder o fôlego. Você me olha e é como se houvesse um sinal pra me alertar. Eu deixo tudo de lado e num movimento obediente eu te olho também. E não tem jeito, eu não me pertenço mais. Você disfarça e eu fico ali, paralisada. É questão de segundos. Tudo parece voltar ao normal e quando eu menos espero, você já está bem perto. E meu coração não tem sossego. E eu não quero fingir. Até mesmo se quisesse, não daria.Eu não mando mais em mim. Meu coração está surdo, desgovernado. Mas ele sabe muito bem o que quer.
Eu não sei. É isso que eu respondo quando algo aqui dentro vem perguntar
como eu deixo acontecer: eu não sei, eu não sei, eu não sei.
Eu apenas não quero perguntas. Afinal, eu nem tenho as respostas. Entender pra quê? Seja qual for a explicação, não vai adiantar. Não há o que fazer. A porta já está aberta. Só esperando você entrar. Não me interessa mais saber quando, como e porque aconteceu desde que eu, ainda, te tenha por perto.

Sim, o tempo passa e as coisas mudam.
Hoje não é o que ontem pensei que ia ser e o que parecia ser pra sempre já se acabou. Foi embora. Aquele namorado. Aquelas briguinhas. Aqueles amigos. Aqueles planos. Aquelas aventuras. Não, nada disso ficou. E eu me lembro até hoje: me escondi por trás da fechadura do meu quarto. Eu culpei meio mundo, sofri e fui dormir chorando por noites a fio. Só que um dia, ao acordar com a cara amassada, eu me dei conta de que não era a pior crueldade do mundo e que eu podia viver sem aquilo. Afinal, tudo sempre muda, de um jeito ou de outro e não há culpas para distribuir. Hoje eu tenho outros planos, outros amigos e outras aventuras. Mas tudo que passou não passou, assim, ao léu. Tudo deixa marcas e eu também fui marcada. Não importa se foi com o choro mais calado, com a risada mais indiscreta, com a dor mais profunda ou com a alegria mais gritante. As marcas estarão sempre aqui e só eu sei como vou lembrar tudo isso. O tempo passa e a gente só precisa se acostumar. Essa é a verdade. Nua e crua. Hoje eu entendo que a todo momento estou encerrando capítulos e o que se passa dentro de mim, isso só eu sei. Quer saber? Talvez eu nem saiba! A toda hora eu mudo os meus gostos! Mas não importa. Explicações não têm a menor graça! O bom mesmo é dar a cara a tapas, esperar o que vem pela frente e deixar pra trás TUDO, mas tudo aquilo que não funcionou!