K. Marx
"Até mesmo as concepções nebulosas que existem nos cérebros dos homens são
necessariamente sublimadas do seu processo de vida, que é material, empiricamente
observável e determinado por premissas materiais. A produção de ideias, de
conceitos, da consciência, está desde as suas origens diretamente entrelaçada com a
atividade material e as relações materiais dos homens, que são a linguagem da vida
real. A produção das ideias dos homens, o pensamento, as suas relações espirituais
aparecem, sob este ângulo, como uma emanação de sua condição material. A mesma
coisa se pode dizer da produção espiritual de um povo, representada pela linguagem
da política, das leis, da moral, da religião,
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da metafísica. Os homens são os produtores
de suas concepções."
"É o homem que faz a religião; a religião não
faz o homem."
É o fogo que faz fumaça; a fumaça não faz
o fogo.
A crítica arrancou as flores imaginárias da corrente não para que o homem
viva acorrentado sem fantasias ou consolo, mas para que ele quebre a corrente e colha a flor viva. A crítica da religião desilude o homem, a fim de fazê-lo pensar e
agir e moldar a sua realidade como alguém que, sem ilusões, voltou à razão: agora
ele gira em torno de si mesmo, o seu sol verdadeiro. A religião é nada mais que o
sol ilusório que gira em torno do homem, na medida em que ele não gira em torno
de si mesmo.