Juvenil Gonçalves
Deusa cubanita
Autor: Juvenil Gonçalves
Lá se vai minha cubanita
Rosto lindo pelo vento beijado
Chuva lambendo os cabelos dourados
Lavando os fios esticados
O espírito brando e acalmado
Sentimento por mim enamorado
O corpo de manequim desenhado
Com o hálito perfumado
Com os passos ensaiados
O nariz bem afilado
O sorriso de neném mimado
Os dentes branqueados
O sutiã bem apertado
Os seios empinados
Parecendo uma flor de ipê rosado
Sob um luar prateado
Vindo de um céu todo estrelado
De um paraíso encantado
Cheio de cupidos apaixonados
Que de tanto amor me deixou embriagado.
Milita
Autor: Juvenil Gonçalves
Milita menina dengosa
Com seu vestido azul anil
Chapéu com botão de rosas
Exalando perfume juvenil
Piscando como diamante na areia
De um jardim de acácias
Cantando como uma sereia
Num universo de galáxias
Mas será que Milita
Pode vir aqui me ver
Com esta distância analítica
Que me faz enloquecer?
Covid-19 EM ALITERAÇÃO.
A POESIA DE JUVENIL GONÇALVES.
Corona covarde, carrasco de coroa cromada, cristalizada, crostada, criando carnificina, comandando cobras cascavéis que comem carne crua cuspindo chuva contaminada, cunhando coisas cruéis como chacais carrascos, carniceiros, cancerígenos, capazes de causar cheiro chulo de chulé clonado e coado nas cloacas chocas causando crise de carona no carro corola conduzido com Covid-19... Caramba!
Vírus voraz, viajante, viciado, viscoso, viajando, vagaroso, veloz, vagueando pelas veredas das vidas veladas vacanciosas, voláteis, vendo vítimas vivenciar com vontade vitalícia de volúpia, vacilando nas vísceras dos velhos vulneráveis, voando velozmente no vento venenoso. Víbora, vendo à vista a vontade de vencer o verme de virada chamado vírus vampiro...