JustA

A noite chega
Me aninho nos teus braços
Mão nos teus cabelos
Mão nas tuas mãos
Sinto tua respiração
O calor do teu corpo em mim
Teu corpo úmido, quente e macio
Teu cheiro, único.
Acordo.
Viro pro lado.

Sem culpa, apenas tristeza, decepção.
A realidade.
Fecho os olhos
Outra vez ali
E outra... e outra....
E nao quero mais fechar os olhos
Não consigo te perder de novo.
Meus sonhos tão bons,
A realidade me maltrata.

⁠Eu tento gritar mas a voz não sai, eu tento aguentar mas só dói mais, como ninguém ouve meu lamento? Eu já estou aqui faz tanto tempo! A dor só aumenta e a lágrima cai, vida de merda eu não aguento mais! Pq isso não para? A vida joga na cara, os erros, as dores, as risadas sádicas. Eu desisto de tentar, eu quero parar! Preciso seguir, preciso sorrir, preciso estar sempre ali! Me deixam na mão, de novo solidão, mas quando chamam feito cachorros os burros sempre vão! Ninguém se importa e eles só zoam, piadas nojentas que só nos magoam. Suas dores, seus gritos não os entretém, falam merdas que vão além. Quando sua dor fala mais alto e você quer se proteger, eles estão lá de novo para fazer-nos escolher! Eu? Ela? Qual a resposta certa? E de novo escolho contra a felicidade. E sozinha vou andar, desabafando ao luar, cantando as estrelas a mágoa do meu caminhar. Não aguento respirar, tudo parece me esmagar e não consigo me salvar. Presa nessa prisão moderna, insultos e piadas que prendem suas pernas, incapaz de andar desiste de viver e depois falam que a vitima nunca foi vc! Veem meu sofrimento e dizem que é teatral, quero ver se dirão isso na porra do meu funeral! Meus lamentos não são nada, pra eles, pra elas são só merdas jogadas. Eu continuo a me torturar mas sei que á sete palmos é meu verdadeiro lar.

-A