Juquinha
Ela não gostava de mim, só estava comigo porque não tinha ninguém.
Toda minha dedicação por um momento me pareceu ser em vão,
Os meus sentimentos foram colocados no lixo no momento que me deixou, sem ao menos se importar comigo.
Ela tem um coração vazio, e eu enchi o meu dela.
Todos os momentos que passamos juntos foi muito bom, pra mim, pra ela talvez apenas um passatempo.
Me apaixonei por aquilo que eu criei dela, não por quem ela realmente era, isso, eu conheci após o nosso termino (isso ainda não tenho certeza)
Ela me trocou, me abandonou e nem pensou em “nós”, foi egocentrica a ponto de me deixar do nada.
Talvez ela me amasse, ou gostasse de mim 1/5 do que gostava dela, isso seria mais que suficiente para mim, pois o quanto gostava dela não se media.
Ela é uma pessoa boa, me fazia muito bem. Talvez esse seu coração vagabundo seja pelas porradas que a vida lhe deu, e comigo, que sempre a tratei bem, pensou estar sendo enganada mais uma vez. E foi enganada, não por mim, mas por aquele que a tomou de mim. Lhe iludiu, me difamou, conseguiu convencer ela que eu não prestava.
Um relacionamento que surge dessa forma não tem como vencer. Ela e eu, eu faria vencer, porque ela me fazia bem, e com isso, enfrentaria o mundo pra ve-la bem também.
Ela é uma japa linda, mas sofrida, sem oportunidades e com a mente muito inoscente, ou não (isso ainda não tenho certeza) me apaixonei por ela, e iria lutar muito para que ela vencesse essa batalha comigo, uma batalha criada por ela, mas que eu iria estar na infantaria para lutar.
Ela me trocou, hoje, eu me sinto um lixo por não ter conseguido cuidar dela. Era tão simples, mas o fim não foi por mim nem por ela, foi por um terceiro que conseguiu engana-la. Mais um engano na vida dela, enquanto o bem que eu fazia/faria estava ao lado dela e ela nao viu.
Hoje ela criou um ódio de mim por falsas palavras a ela dita, mas como todos sabem, a verdade sempre vence. Um dia ela virá conversar comigo e não lhe falarei nada, apenas mostrarei esse pequeno rascunho que aqui escrevo. Acho que não falta nada.
Eu acredito em grandes amores.
Mas falo e namoro como se não acreditasse.
Eu não tenho expectativas fúteis para o romance. Eu não estou à espera de sentir aquela sensação estranha de estar a flutuar. Eu sou um daqueles indivíduos raros, talvez um pouco cansados, que realmente gosta deste ambiente atual de conexão entre as pessoas e é feliz por viver numa época em que a monogamia não é necessariamente a norma.
Mas eu acredito em grandes amores, porque já tive um.
Eu tive esse amor que tudo consome. O amor do tipo “eu não posso acreditar que isto existe no mundo físico.”
O tipo de amor que irrompe como um incêndio incontrolável e então se torna brasa que queima em silêncio, confortavelmente, durante anos. O tipo de amor que escreve romances e sinfonias. O tipo de amor que ensina mais do que tu pensaste que poderias aprender, e dá de volta infinitamente mais do que recebe.
É amor do tipo “amor da tua vida”.
E eu acredito que funciona assim:
Se tu tiveres sorte, conhecerás o amor da tua vida. Tu estarás com ele, aprenderás com ele, darás tudo de ti a ele e permitirás que a sua influência te mude em medidas insondáveis. É uma experiência como nenhuma outra.
Mas aqui está o que os contos de fadas não te vão dizer – às vezes encontramos os amores das nossas vidas, mas não conseguimos mantê-los.
Nós não chegamos a casar-nos com eles, nem passamos anos ao lado deles, nem seguraremos as suas mãos nos seus leitos de morte depois de uma vida bem vivida juntos.
Nós nem sempre conseguimos ficar com os amores da nossa vida, porque no mundo real, o amor não conquista tudo. Ele não resolve as diferenças irreparáveis, não triunfa sobre a doença, ele não preenche fendas religiosas e nem nos salva de nós mesmos quando estamos perdidos.
Nós nem sempre chegamos a ficar com os amores das nossas vidas, porque às vezes o amor não é tudo o que existe. Às vezes tu queres uma casa num pequeno país com três filhos e ele quer uma carreira movimentada na cidade. Às vezes tu tens um mundo inteiro para explorar e ele tem medo de se aventurar fora do seu quintal. Às vezes tu tens sonhos maiores do que os do outro.
Às vezes, a maior atitude de amor que tu podes ter é simplesmente deixar o outro ir.
Outras vezes, tu não tens escolha.
Mas aqui está outra coisa que não te vão contar sobre encontrar o amor da tua vida: não viveres toda a tua vida ao lado dele não desqualifica o seu significado.
Algumas pessoas podem amar-te mais em um ano do que outras poderiam te amar em cinquenta anos. Algumas pessoas podem ensinar-te mais em um único dia do que outras durante toda a sua vida.
Algumas pessoas entram nas nossas vidas apenas por um determinado período de tempo, mas causam um impacto que mais ninguém pode igualar ou substituir.
E quem somos nós para chamar essas pessoas de algo que não seja “amores das nossas vidas”?
Quem somos nós para minimizar a sua importância, para reescrever as suas memórias, para alterar as formas em que nos mudaram para melhor, simplesmente porque os nossos caminhos divergiram? Quem somos nós para decidir que precisamos desesperadamente substituí-los – encontrar um amor maior, melhor, mais forte, mais apaixonado que pode durar por toda a vida?
Talvez nós devêssemos simplesmente ser gratos por termos encontrado essas pessoas.
Por termos chegado a amá-las. Por termos aprendido com elas. Pelas nossas vidas se terem expandido e florescido como resultado de tê-las conhecido.
Encontrar e deixar o amor da tua vida não tem que ser a tragédia da tua vida.
Deixá-lo pode ser a tua maior bênção.
Afinal, algumas pessoas nunca chegam sequer a encontrá-lo.