Junior Botelho
[...] Perdido em um mundo antropófobo e triste, vivendo uma utopia sociável, cordial e feliz, talvez esse tenha sido o meu maior feito, perdoe-me por ter sido tão antipático e tão egoísta, agora entendo que a verdadeira paz precisa ser sustentada sobre um pilar de dor e sofrimento, quem sabe quantos pilares existem nesse mundo, quem sabe quantos suportam mais ou menos que outros [...]
E com o passar do tempo eu decidi ver o que ainda não havia visto, mas isso pôde ter causado efeitos colaterais em mim, hoje não consigo mais ver o tanto que via antes, pois me limitei apenas a isso, e por mais que eu tente fugir eu mais me prendo, mais me limito, é como se eu tentasse viver ao externo da minha real solidão, me prendendo à falsos sorrisos, aqueles que nos fazem sentir-se em paz, perdoe-me meu amigo, talvez eu queira meus olhos de volta [...]