Julio Cesar Leoncini

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As suas faces

Naquela manhã de manchas caídas
eu subi em uma arvore de solene
e estava rebuscado o horizonte
havia um monte de duvidas polidas

Eu te confesso que ainda sou guri
E não sei findar meus sentimentos
Tenho um atraso em deixa-los sair daqui
Faço deles meu açude e mato a sede.

Fui subindo e me coloquei em órbita
De la pude ver o azul que aqui habita
E esse azul que bebemos é a esfera
Que gera todo essa vida de sentimentos.

Chaga a ser insensato os tantos eus,
O eu que quer fazer, o outro descansar
O eu que quer solidão, o outro namorar
O eu que quer realizar, o outro sonhar
O eu que quer viver, o outro morrer
O eu que quer ser alguém e o outro existir

Depois de escrever tudo isso correndo
E ler em pausa, lento, separando as silabas
Pude ver que sou tudo isso e mais um pouco
E olha, eu não sou louco! Sou é vivo!

E enquanto vivo sou corrente de águas
tenho magoas, tenho alegrias, tenho tudo
Tenho vida e meu sentimento não é mudo
Ele fala pelos cotovelos e é bom ouvi-los

Velos passantes como estrelas cadentes
Levá-los como passageiros ao seu destino
Tocar o sino e deixar o sentimento partir
Sentar na praça e ver os dias de sóis poentes

E assim como não quero a eternidade do dia
O ensurdecimento do badalar eterno do sino
Ou viajar sem em dia nenhum poder chegar
Quero apenas aceitar minhas as fazes da Lua.

Inserida por julio_cesar_leoncini