Juliana Oliveira

Encontrados 8 pensamentos de Juliana Oliveira

É um querer que vem do nada
Um querer que causa angústia
É um querer sem saber porque
E se faz desejado o objeto de desejo

Só que, querer não basta
Querer por querer é algo demasiadamente vago
Sentir na própria pele o peso do singular
E o objeto de querer se faz em plural
Um plural que não abrange você

Sem dor
Afinal, quem falou em amor?

Fra[s]co

Talvez nem o que esperamos tanto, seja realmente o que nos preencherá.
Talvez as mãos se sobrecarreguem
E carreguem entre os dedos apenas o perfume
Não sentido, não reconhecido.
Não me reconheço.
Não sou perfume, mas não fui sentida.
Não fui exalada.
Me esvaziaram...
Mesmo sendo fra[s]co, tinha algo dentro de mim
Solução dentro de mim
Mas não me exalaram...
Sinto que meu cheiro ficou entre as pessoas,
Entre convicções, sonhos,
Menos nas mãos de quem deveria senti-lo
Sou um perfume usado,
Com cheiro esquecido
E jogado ao vento
Para que talvez, um dia quem sabe
Volte ao frasco original e seja puro novamente.
Seja essência.
E tocado suavemente
Sentido entre os dedos
E lembrado para sempre...
Por quem jamais deveria ter esquecido.

Frescor

Eu faço parte de uma brisa,
Misturada com sol, sou fresca.
Brisa com lua, sou fria.
Para uns, ar de grotesca
Para outros ar de harmonia...
Tenho a alma de nuvem
Um dia pesada, outro dia leve.
Às vezes demorada
Mas às vezes bem breve...
Dependendo dos olhos que me observam,
Posso parecer brisa— nuvem
Ou nuvem—brisa.
Fria e carregada
Ou leve e fresca.
Posso ser pequena
Mas posso ser gigantesca.
Os olhos que me observam
Dirão quem eu sou,
Serão olhos de quem me cerca,
Ou de quem tanto me amou.
Ou simplesmente de quem leva
A lembrança de quem eu sou.
Mas posso ser brisa,
Posso trazer leveza,
Se os olhos que me observam,
Perceberem a destreza,
De um dia ser humana
Outro dia natureza...

tentando colocar porteiros na minha vida
que é pro tempo não passar.

Dançando a dois pra manter a mente aberta e manter o circulo corporal
O forró tem algo que faz meu corpo se sentir alimentado
Se alimentando do triangulo que insiste em tocar
É dois pra cá, dois pra lá
A orelha descançando no ombro alheio
A coxa disputando espaço no vão já tão suado
É a mão puxando o quadril que mais parece um bambolê
É uma conversa muda, uma discussão corporal
Uma disputa pelos 3 minutos que se esvaem no vai e vem da ventania de sensação
Pra quem não tem conhecimento da teoria
A prática dos movimentos se faz presente e é só fechar os olhos
A pele se transforma em lençol
Cobrindo o outro corpo de balanço e frenesi

tirando os ponteiros do relógios
pra natureza manter-se intacta.

Meu medo?
Sentir o sabor do meu próprio veneno.

O amor é um dom de Deus, capaz de transformar pessoas em famílias.