Juan Luis Lorda
Há circunstâncias na vida em que a dignidade humana pode exigir grandes sacrifícios, isto é, heroísmo. Ninguém tem autoridade moral para exigir de outro um comportamento heróico. Cada um de nós tem essa obrigação, não porque outros lho peçam ou censurem se o não fizer, mas porque as próprias coisas lho pedem; pede-o sobretudo a dignidade humana.
A história de todas as culturas está cheia de gestos exemplares deste tipo, fora do "normal estatístico". Mas estas escolhas podem surgir na vida de todos os homens, em circunstâncias "normais".
"Quem ama a verdade, procura formar a consciência: conhecer os princípios morais, pedir conselho a pessoas certas e com experiência;não considerar humilhante que nos corrijam. De fato, os outros observam-nos de fora e com mais objetividade do que nós mesmos.Também é preciso tirar experiência dos próprios atos, examinar-nos com frequência (diariamente) e corrigir os erros. É preciso ser humildes para reconhecer os erros e retificar, mas isso dar-nos-á uma grande sabedoria, e capacidade de ajudar os outros também."
A experiência da nossa fraqueza e o reconhecimento de que agimos mal, é algo que humilha. Quando à fraqueza se une o orgulho, o engano pode chegar a extremos patológicos: não se conforma com uma modesta justificação, mas incomoda-se com a verdade, com os que lhe dizem a verdade, ou com os que a vivem.
O costume de guiar-se sempre pela consciência chama-se retidão. Manifesta-se no amor a verdade e dá uma grande beleza e fortaleza ao caráter.