Ju Souzinha
Enganos
Eu poderia me mostrar forte como sempre faço.
Mas poxa dessa vez não consigo.
É nítida a decepção no meu rosto, meus olhos vermelhos não deixam esconder minha profunda tristeza.
Somos seres imprevisíveis, capazes de atos horripilantes.
Seres frios, calculistas; Manipuladores de pessoas e mentes bastam sentirem-se feridos.
Mesmo conhecendo tais fragilidades humanas eu acreditava na capacidade de poder ser amigo, de ser verdadeiro e de amar sem receios.
Mais tudo muda o tempo todo, não adianta mentir nem para si mesmo nem para ninguém lá fora, porque tudo que vemos não é igual ao que vimos há um segundo.
Dividimos lagrimas, musicas, momentos, sorrisos.
Passaram-se tantos anos, houve tantas conversas no vai vem desses dias.
Foram dias para mim de boas recordações, guardadas com tanto carinho em minha lembrança.
Sei que para você era um pouco mais, construiu seus castelos, sonhou! E quando acordou estava sem ninguém.
Propus esta do seu lado, dar-te o que eu tinha de melhor minha amizade, minha fiel e companheira amizade.
Nunca quis te machucar, você não era o que eu desejava como meu homem, nunca foi. Mas era o que eu considerava como melhor amigo alguém que eu podia confiar independente da ausência, independente das diferenças, independente de todos os fatos.
Eu o amava como parte minha, como um irmão distante, mais lhe amava.
Mas meu coração se perdeu no labirinto dos sentimentos, caiu nas armadilhas do viver, meu coração não queria cair assim.
Mais uma vez provo o gosto amargo da decepção!
Há perdas que não merecem ser sentidas, não merecem lagrimas.
Mas hoje não choro pela morte dessa relação, nem tão pouco pela morte de uma suposta amizade. Mais sim pela falta de consideração existente em seu coração, pelo exagero de arrogância, pela impassibilidade que me tratou.
Julguei ter-te como amigo. Como pude me enganar?
Hoje relato nessas linhas o óbito de um sentimento que levei por anos em meu coração.
Juliana Souza.
17/12/2009
Menino, eu não te quero mais!
Quando me deito em meu quarto vazio, apenas o céu me ouve.
Meu sol foi encoberto pela tempestade, estou perdida.
Depois de tudo que passei depois de me dar por inteira,
O que aconteceu com nós?
As paredes caíram sobre mim, nada restou ao meu redor.
Diga-me o que eu faço com os sonhos que eu guardei?
E cada caminho que tomei agora me leva ao desgosto.
Meu amor foi todo destruído, toda minha força se foi.
Ouso a voz da derrota, desejo ir para longe da batalha...
Por que sofrer por um amor que nunca existiu,
Por um amor que só me fez mal.
Não há mais pensamentos de se reerguer, agora eu não te quero mais!
Procuro por aquela porta aberta.
Nada a fazer se não levantar a minha cabeça e caminhar.
Eu estava perdida, agora estou livre.
Veja, eu estou indo em frente e não pretendo voltar atrás.
Menino, eu não te quero mais.
Eu tenho o destino em minhas mãos e já tracei meus planos.
Seu tolo se pudesse ver o que há dentro de mim, o que há além de mim,
Notaria uma garota assustada, com medo, que não é sempre forte.
Você não pode ver o ferimento que há em mim,
Seu coração precisaria de tempo que já não há mais.
Quando me deito em meu quarto vejo sua face,
Assisto você sozinho, sem ninguém para enxugar suas lágrimas.
O amor nos dá o direito de ser livres e sofrer sozinhos.
Eu vivo minha vida sem arrependimentos.
Não tenho vergonha das escolhas que fiz das palavras que proferi.
Menino, eu não te quero mais.
Sigo meu instinto, minha estrela...
Tenho toda minha vida para superar, para entender
Que eu sou o que eu sou, quem eu sou.
Menino, eu não te quero mais.